Manuela do Prado 01/08/2021"Mato quando quero, mas jamais posso ser levado ao tribunal. Quem sou eu?"Protagonizado por Lincoln Rhyme, personagem já tão comum nos livros de Jeffery Deaver, "Lua Fria" segue o típico desenrolar de um romance policial "de ação": rico em reviravoltas, detalhes sobre um processo investigativo, dissecação de pistas e muito suspense.
A obra narra duas investigações concomitantemente: a primeira, onde Amelia Saches, policial e mão direito de Rhyme, investiga um caso de homicídio ligado à corrupção do corpo de polícia local, e a segunda, conduzida diretamente por Lincoln e uma seleta equipe particular, que tenta desvendar a localização de um assassino em série, autointitulado "O Relojoeiro".
Quando corpos de vitimas cruelmente assassinadas, acompanhadas por um relógio de características peculiares, começam a aparecer pela cidade de Nova York, a última coisa que o centro de investigações locais quer é atenção da mídia. Com um histórico profissional brilhante, cuja margem de erro é quase zero, Lincoln Rhyme parece ser a solução perfeita para condução do caso, mas talvez nem mesmo ele seja capaz de driblar um assassino tão habilidoso e, curiosamente, tão inteligente quanto o nosso detetive.
Os livros de Deaver chamam atenção não somente por ter aquele perfil de livro que a gente devora: capítulos curtos e com um toque de suspense no final, diálogos objetivos, história com o mínimo de pontas soltas... mas também por que o detetive Rhyme sofre com uma série de limitações físicas decorrentes de sua condição tetraplégica o que, evidentemente, não faz com ele, ainda assim, brilhe menos em seu ofício.
É o tipo de livro pra sair de ressaca literária, mas também para quem nunca leu nada, ou pra quem quer um livro que deixa a gente com aquela sensação de que tá vendo um filme de ação empolgante.
P.s.: Embora a sinopse não deixe claro, esse é o primeiro volume de uma duologia.
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