vanes.rc 14/02/2024
Magia, amuletos e alianças inesperadas
?Em um mundo onde a magia está no alcance de todos, quem realmente está no poder? Alee?Na Stryd e Himmel Wys vêm de mundos opostos. Unidos pelas circunstâncias, eles se tornam aliados inusitados.?
Alee?Na é um nome conhecido nas Covas, arenas clandestinas onde acontecem batalhas entre magos que buscam por dinheiro e prestígio usando magia. Para manter sua vida de luxos e conforto, a jovem depende de suas vitórias nos duelos para também zelar por sua fama no submundo do reino de Adhelar. E, acredite, ela é boa no que faz. Já Wys é um brilhante e promissor Cyfar, aprendiz de um dos melhores Mestres da cidade de Kalamar e seu destino está traçado desde o dia que foi levado para o Templo para ser treinado e aperfeiçoado. Mas ele ainda tem suas dúvidas sobre o futuro e o que ele pode vir a se tornar.
Após um deslize de Wys em uma das salas do Templo, os caminhos de Alee?Na e do Cyfar acabam se cruzando inesperadamente. Ele precisa de ajuda e ela pode ser a solução para o seu problema. Assim, eles se tornam aliados inusitados em uma aliança de negócios. Mas as coisas acabam não saindo como o planejado e aquele único ?trabalho? que deveria ser breve acaba se tornando algo mais efetivo, pois ao ser encarregado de uma busca para a Rainha Valenttia, novamente ele se vê precisando da ajuda da garota do submundo.
Valenttia, a Rainha de cabelos cor de sangue, está com um cronômetro ligado à sua vida, vida essa em que existem muitos mistérios relacionados a ela. Valenttia morreu quando era bebê e foi inexplicavelmente trazida de volta ao mundo dos vivos, em circunstâncias enigmáticas. Agora, o passado veio bater à sua porta e cobrar o seu preço.
As Crônicas de Adhelar é um universo muito bem escrito, onde a Mari deu vida lindamente aos personagens e impôs personalidade aos detalhes. Eles são interessantes e singulares, de uma forma que nos conquista de imediato. É uma trama que absorve com o seu desenvolvimento, não fica estático. Os acontecimentos vão surgindo a cada capítulo, capítulos esses que são curtos, mas com movimento e alternância entre pontos de vista. Eu gostei muito de como tudo foi criado, a progressão até chegar ao final, que apesar de ter ficado em aberto com um gancho para a continuação, o que precisava ser encerrado neste primeiro volume, foi selado muito satisfatoriamente.
Uma das coisas que amei no livro foi a relação do Wys com a Alee?na, a amizade que nasceu gradativamente com as semanas de convivência. A confiança que foi sendo criada e estabilizada com o passar dos dias e como ele cuidou dela quando ela necessitou de cuidados (por causa dele, aliás, mas olha quantas outras qualidades ele tem).
A Mari ganhou um lugarzinho entre os autores que eu leria até a lista de compras. Sério, o jeito como ela constrói tudo do início ao fim, sem deixar pontas soltas, é tão atrativo, porque nossas dúvidas são respondidas e não nos passa confusão daquele tipo de não entender o que está acontecendo ou por que está acontecendo.
Eu conheci a autora por Terra Balda e agora tive a oportunidade de ler mais um de seus livros e, com toda a certeza, lerei obras futuras.
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