Eu, Empregada Doméstica

Eu, Empregada Doméstica Preta-Rara




Resenhas - Eu, Empregada Doméstica


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Letuza 02/03/2020

Depoimentos tocantes
Um livro diferente, escrito por muitas mãos! Mãos calejadas, mãos sofridas, mãos segregadas, caluniadas, mãos que ajudaram, que limparam, que cuidaram, mas nem sempre foram reconhecidas e valorizadas. Infelizmente, as histórias são antigas e recentes e o livro é extremamente atual, pois uma grande parte da nossa sociedade é racista e escravista. Muitas pessoas ainda acham que vivem em uma ?casa grande? e que ainda existe uma senzala. O livro é um importante trabalho da autora Preta Rara que através de uma página em rede social deu voz a tantas mulheres e homens marcados pelo preconceito e discriminação! Uma leitura muito importante e super recomendada.
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Mama 02/11/2021

Muito triste...
Cada relato deste livro é uma facada no estômago e no coração! Nunca tive empregada doméstica em casa, aqui os afazeres domésticos são divididos entre minha mãe e eu. É uma rotina pesada e cansativa, mas é nosso dever. Fico imaginando o horror que essas empregadas domésticas relatam e ao mesmo tempo deixam de relatar. Quão ruim o ser humano pode ser? Eu, sinceramente, acho que a profissão de empregada doméstica deveria ser extinta. Essas mulheres são tratadas como escravas, uma verdadeira história de horror da vida real...
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leiturasdabiaprado 15/07/2022

Difícil de digerir...
Um livro todo feito de relatos reais de várias pessoas, histórias sofridas, desumanas e até mesmo difíceis de acreditar!
Realmente carregamos a escravidão ainda hoje em inúmeros serviços domésticos...
Muitos trabalhadores domésticos são, ainda hoje, escravizados e desumanizados sim...
Relatos de crianças que começaram a trabalhar por pratos de comida desde os cinco, seis anos... famílias que deveriam acolher tratando pior do que se trata verme...
É um livro pesado de ler, levei duas semanas lendo porque é difícil absorver tanta crueldade!
A título de exemplo vou transcrever um pequeno trecho de um dos relatos:
"Ela relatou que ela só podia comer depois que os patrões comiam e no prato dela só iam restos de comida, incluindo o que as crianças mastigavam e cuspia. Se não sobrasse ela não comia. Aí às vezes ela lambia os pratos e panelas sujos, antes de lavar, de tanta fome que ela sentia."
Que possamos enxergar essas histórias, que possamos falar sobre elas, pois só assim vamos acabar com as senzalas e a escravidão que se perpetuam até hoje!
Trabalho doméstico é um trabalho como qualquer outro, tem que ter respeito e direitos!
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Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 05/01/2022

Eu, filha de empregada doméstica enfrentei alguns leões ao ler estes relatos. Aliás, nem precisa ser filha ou profissional, a maneira como ainda são tratadas as empregadas domésticas é assustadora.

Muitos relatos esbarram em algumas coincidências como, mães muito novas, solo, pouco estudo, pobres e pretas. E que também criam suas crias para que jamais precisem passar pelo que elas passam ou passaram, limpando casas de família.
Ah, falando em família, muitas empregadas são como se fosse da ?família?mas é como aquela velha desculpa do: "nada contra, eu até tenho amigos que são??

A senzala ainda existe, e nem precisa mais daquele quartinho de empregada herdado de um Brasil recente, que ainda vibra em seu tom moderno e colonial.

Sobre o livro, Preta-Rara reuniu aqui alguns dos muitos relatos de quando criou sua página no Facebook #Euempregadadomestica, e foi de uma força tão potente que daí nasceu o livro. Então os relatos são os mesmos que ela recebeu, sem nenhum tipo de correção. Foi aquele velho copiar e colar, e acho que ela manteve assim pra passar a sensação de ter sido escrito por todos, como eles realmente são. Então a diagramação também é bem simples, sem firulas.

Recomendo a leitura deste livro para todos, sem excessão. É forte, é pesado e devastador ver como existe tanta história de exploração. E assim como os senhores de engenho, os patrões não querem que exista o encontro do estudo com o empregado, não são todos mas é uma maioria devastadora.

Eu, filha de empregada doméstica cresci, estudei e sigo na luta, tendo minha mãe como uma verdadeira vencedora dessa senzala pós moderna.

Se puder, leia.
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Jana 25/12/2020

Histórias que te deixam desconfortável se você, assim como eu, é filha (o) de empregada doméstica. Nunca presenciei minha mãe sendo maltratada ou talvez não tenha guardado as lembranças doloridas, porém, passei muitas noites no quartinho da empregada. Neste livro você constata o quanto o ser humano pode ser desprezível. Recomendo a leitura principalmente para quem não conhece essa realidade.
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Jess 17/08/2023

200 páginas de dor
Uma porrada no ?epigástrio? ?
Um livro que possui vários Relatos de sofrimento/dor.
Em um mundo tão injusto.
Difícil ler algo que acontece diariamente, humanos sem humanidade
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Marina 30/05/2021

Soco no estômago
O livro é composto majoritariamente de relatos de empregadas domésticas e seus familiares. Ele envolve situações bizarras, mas infelizmente muito comuns.
Vemos o quanto o trabalho doméstico ainda hoje permanece atrelado a noções escravocratas, de posse sobre a outra pessoa.
A PEC das domésticas trouxe uma melhora significativa instituindo direitos mínimos para essas trabalhadoras e trabalhadores, mas infelizmente os absurdos permanecem recorrentes.
Esse livro e a página homônima no facebook têm um papel fundamental no sentindo de escancarar e desnaturalizar essas injustiças.
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Ana Claudia 12/07/2020

Mulheres, raça e classe
Esse livro reuni relatos de empregadas domésticas, seus filhos, netos e até de alguns patrões. Vítimas de violência física e psicológica, abuso sexual, mas principalmente racismo. Quando Angela Davis diz que é preciso compreender que classe informa a raça, mas raça também informa a classe, é justamente sobre isso. Não é mera coincidência que uma profissão que é super desvalorizada, onde suas profissionais adquiriram direitos tão recentemente, e o nosso atual presidente foi contra esses direitos, seja uma profissão realizada principalmente por mulheres, pobres e negras.
Esses relatos falam tanto sobre a nossa história, sobre uma sociedade que nem de longe rompeu seu pacto com a escravidão, realmente a senzala moderna é o quartinho da empregada. E apesar de não ser filha ou neta de uma empregada, no meio do livro eu li um relato que me trouxe uma lembrança de quando eu era criança e sofri racismo, e nunca tinha percebido isso antes. Esse livro foi uma série de tapas na cara, e eu diria que é um livro que deveria ser lido por todos.
Thi 12/07/2020minha estante
Deve ter uma visão de mundo muito legal!




Juliana Madna 14/05/2023

Eu, empregada doméstica.
A senzala moderna é o quartinho da empregada.
Esse livro se faz necessário para todos nós leitores, li com uma dor no coração e muitas vezes indignação de pensar que por detrás de cada relato há uma mulher que sofreu diversos abusos simplesmente por está numa função que muitos taxam como ?inferior?.
Alguns relatos são muito forte, tive que parar a leitura, pois a desumanidade é escancarada nesse livro.
Percebi que esse livro é muito rico para análises em estudo sobre o resquício do período escravagista, logo, que em todos os relatos percebemos o racismo na forma mais cruel possível, além outros tipos de malfeitorias feita por pessoas que se dizem humanas, muito triste esses relatos ?
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Leila267 22/03/2023

Intragável
??Alerta de Gatilhos! Um livro que trás vários relatos de empregadas domésticas, contendo uma realidade que está ao nosso redor... ....você sempre vai conhecer uma história semelhante a contada nessas páginas. A realidade sem cortes, difícil de engolir.
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Soulcrespa 29/06/2020

A senzala se aperfeiçoa a cada dia...
Vários relatos cruéis e muitos deles recentes. Triste demais, a senzala moderna se aperfeiçoa a cada dia e está longe de chegar ao fim. Desprezo, humilhação, violência, é assim que a maioria das empregadas domésticas são tratadas. Sem direitos, sem perspectivas e sem respeito. Terminei de ler esse livro com um nó na garganta... :(
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Jéssica 01/08/2020

Relatos de um Brasil escravagista
Parei a leitura tantas vezes tremendo de ódio e de choro que nem pensei que fosse capaz de terminá-lo. São 209 páginas de relatos quem escancaram o Brasil melhor do que milhares de páginas de teoria. Um livro obrigatório.
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Amanda.Cristina 07/09/2020

Retrato de uma sociedade que é a mesma de séculos atrás
Quando pensamos na relação que os escravizadores tinham com os escravizados, vemos que nada mudou. Fiquei me questionando quando delegar a outras pessoas o trabalho doméstico faz sentido, se é que faz sentido em qualquer situação. E ainda assim nada explicada o tratamento desumanos, que pelos relatos, grande parte dos "empregadores" tem para com seus empregados. Muito triste!
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Lucas 16/01/2021

O Terror em ter um quartinho da empregada
Esse livro, como já no subtítulo demonstra, trás para conversa temas muito tensos, sobre como a escravidão legalmente pode já ter terminado há mais de 130 anos, e mesmo assim, ainda existe no ?quartinho da empregada?. Como Carolina Maria de Jesus coloca ?a escravidão moderna é a fome?: ter que sujeitar-se a um ambiente e a espaços tão asquerosos por colocá-las em situações tão revoltantes torna essas mulheres verdadeiras heroínas de um Brasil que já deveria ter ficado pra trás há mais de 100 anos.

Também me fez refletir sobre o que queremos dizer com palavras simples, se doméstica refere-se às pessoas que trabalhariam na casa (do latim, domi) ou se é o que mais temos certeza hoje, uma palavra que já esqueceu de sua raiz para se tornar algo pior: alguém domesticado, que estaria transformado em uma propriedade, que passa a ter um dono, e enfim, voltamos a senzala moderna. Mais que isso, apesar de tudo, acho que a maior parte dos relatos não nos permite esquecer essas raizes, sempre começando com ?Minha mãe??. Essas diaristas pareceram se tornar isso, cuidadoras, mas principalmente, mães, o que nos lembra também a reflexão desse papel feminino. Mulheres não devem estar atreladas, por serem mulheres, ao trabalho doméstico, ou essa visão de ?a limpeza é papel da mãe?. E ainda assim, se essas são as mães de um país inteiro, é mesmo assim que tratamos nossas mães?

É muito aterrorizante pensar que, apesar de tudo isso, as únicas coisas que podem nos prender a uma esperança sejam os relatos (que mesmo assim não pareceram poucos) de uma relação saudável entre a empregada e o empregador, as maravilhosas reivindicações dessas mulheres tão fortes (não só como seus direitos, mas o mínimo para preservar sua dignidade e de tantas outras) e o principal, uma nova ?lei áurea? sobre seus trabalhos, seus direitos, o mínimo para a justiça com essas mulheres e essa profissão. Inclui também o merecido reconhecimento de seus trabalhos e esforços, não só pelos seus filhos, mas todos.

O verdadeiro terror em ter o quartinho da empregada não é a empregada, mas a relação que temos com esse quarto sobre humanidade.
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Mariana 05/04/2021

Leia, chore e reflita.
Pergunte-se:

- Já te negaram de pensar?
- Já te acusaram de roubo?
- Já te desmotivaram e falaram que você nunca vai ser ninguém na vida?
- Já machucou seu braço e te prenderam dentro de uma casa sem poder sair para o hospital?
- Já dormiu com medo do seu patrão abrir a porta e tentar te aliciar?
- Já comeu dentro de uma lavanderia enquanto via o cão de sua patroa comendo na cozinha?
- Já teve medo de ser estuprada?
- Já teve que dividir o resto de comida do dia anterior com um cachorro?
- Já foi impedida de usar um banheiro?

Preta-Rara conseguiu reunir relatos de chorar. E para afirmar que a frase "você é da família" não significa absolutamente nada.

Aprendi que se algum dia você for maltratado em qualquer trabalho, o melhor é SUMIR. Mesmo que depois te falte dinheiro. Caso contrário, sua autoestima sempre ficará afetada.

Relatos positivos serão raríssimos nesse livro e as pequenas vinganças das empregadas contra seus patrões são ótimas.

Alguns relatos estão repetidos e me senti um pouco perdida com a diagramação. Mas tudo que a Preta-Rara reuniu me entristeceu demais.
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