Tete 17/08/2013Gostoso e Hilariante Heather Wells foi uma cantora pop adolescente de sucesso. Linda e Magra era conhecida por cantar seu single “Vontade de te comer” em Shoppings Centers. Mas Heather queria cantar suas próprias canções, mas a gravadora não compartilhava do mesmo desejo. Após expor o seu desejo a gravadora e ser rejeitada por ela, a carreira dela começo a decair. Como já não bastassem os problemas com a carreira, a mãe dela foge para a Argentina com todo o seu dinheiro e seu agente, ela pega seu namorado Jordan Cartwright recebendo uns carinhos safadinhos de Tania Trace – sua substituta nas paradas de sucesso.
Heather recebe a ajuda de Cooper Cartwright, – irmão de Jordan e rejeitado pela família – que dá um lugar para ela morar. Ela arranja um emprego na Faculdade de Nova York como inspetora de um alojamento (digo, Conjunto Residencial Estudantil) e nas horas vagas ajuda Cooper com a contabilidade da empresa de investigação dele.
Tudo ia bem até acontecer um acidente no alojamento (quer dizer, Conjunto blá blá blá – ela diz isso o tempo todo). Uma das moradoras é encontrada morta no fundo do poço dos elevadores. Todos acreditam que foi um acidente, que a menina estava fazendo surf nos elevadores e caiu, mas Heather tem a sua própria teoria.
“_ Meninas não fazem surf de elevador, Coop. Simplesmente não fazem. Quer dizer, talvez em outras cidades, mas não aqui na Faculdade de Nova York. E esta menina, Elizabeth, ela era toda certinha!” (p. 77)
Heather tenta investigar a morte de Elizabeth, mas nada leva ao assassinato e todos acreditam que foi somente um acidente, já que é muito comum fazerem surf nos elevadores do prédio. Nem mesmo a polícia acredita em assassinato. E Cooper não acredita nas teorias de Heather, nem mesmo quando o segundo acidente acontece.
“_ Isso porque ele é o personagem menos bacana que já existiu. Ninguém que gosta de Ziggy faz surf de elevador, Coop. NINGUÉM.” (p. 100)
Com a morte de Roberta, Heather assume a responsabilidade e acha que tem a obrigação de descobrir o que está acontecendo com suas meninas. Com isso ela entra em várias aventuras e tenta de todas as formas convencer Cooper de suas teorias. Aliás a relação de Heather com Cooper é bem interessante, ela é apaixonada por ele e ele trata Heather como se fosse a irmã mais nova que precisa de proteção. As aventuras desastrosas e a relação dos dois são as melhores partes do livro, sem falar as que mais prendem a leitura.
Além de todo esse turbilhão tem Justin que vive perseguindo Heather, tentando se desculpar das besteiras que fez. Mas pra mim, ele não passa de um safado.
Heather é uma personagem bem interessante, não tem como não se identificar com ela. Ela é uma mulher comum, determinada, inteligente e apaixonada. Há e não podemos esquecer que ela veste manequim 42, a média da mulher americana. A escrita da Meg é maravilhosa, ela te envolve no livro e a última coisa que você quer é que o ponto do seu ônibus chegue e você tenha que parar de ler para trabalhar. Por falar em ponto de ônibus, eu perdi meu ônibus depois que me distraí com o livro. A única coisa que me incomodou foram os pensamentos loucos de Heather que surgiam no meio dos diálogos ou no desenrolar da estória, mas mesmo assim dei boas risadas com as loucuras dela.
Quando me inscrevi no Livro Viajante deste livro, achava que era um livro sobre uma gordinha frustrada (pera aí, uma mulher na média americana), mas me vi no meio de uma trama de assassinato. Gostei muito desse livro, é daquele tipo que faz você relaxar depois de um dia horroroso. Recomendo com toda certeza e não vejo a hora de ler as continuações Tamanho 44 Também Não É Gorda e Tamanho Não Importa.
site:
http://movimentodolivro.blogspot.com.br/2013/08/tamanho-42-nao-e-gorda-misterios-de.html