Resenhas - Werther

° øçÃáRAQUEL¡ ¨Ãâ ° 28/05/2022

MARAVILHOSO!!!
Um livro extremamente psicológico, muito sentimental, mas de uma maneira profunda e sincera, sem romantização das emoções. A narrativa as vezes me deixava um pouco perdida ( sou péssima com datas ), mas o desenvolvimento do Werther, psicologicamente, é muito interessante. Não há drama desnecessário nesse livro, o autor escreve as emoções e as ações da personagem como elas realmente são, de forma nua e crua.

manjksu 10/10/2022

o primeiro romântico do mundo
incrível! impossível não sentir uma "saudosa" aflição a cada carta, principalmente por ler a perspectiva do jovem Werther e em como ele constrói e apresenta elementos que influenciam e moldam o contexto de sua trágica história de amor. para ótimas reflexões acerca do sentido da vida e, em ênfase, do amor.

eduardo20 11/10/2023

É?
Não achei perfeito, mas tá ok. Eu achei que ele anunciaria o suicidio só lá mais pro meio da obra, mas passou da metade do livro pra frente toda falando sobre isso, e isso achei cansativo. Mas foi bom ler um clássico.

Renan.Schiavon 14/05/2020

um livro que não me desceu muito como eu esperava e que mostra o quanto o personagem principal precisava de terapia :?)

Lanah 17/08/2022

Ainda estou pensando sobre
Este livro está todo escrito de forma poética e artística ele conta a história do jovem wherter por meio de cartas que ele escreve para seu amigo Wilhelm...Eu não vou falar muito senão conto a história toda do livro mas é incrível como você acompanha o humor do personagem,Como que lá pro final vai ficando tudo sombrio eu devo ter feito uma 20 marcações no livro e recomendo muito principalmente se vc gosta de uma escrita poética e filosófica

Beth 02/08/2021

Werther é um jovem emocionado que não percebe a armadilha que arma para si mesmo. Em sua musa, Carlota, ele projeta todos os seus ideais de felicidade, não podendo haver tal sentimento longe dela. É drama por cima de drama, mas sempre partindo dele. Carlota é compreensiva e tenta, com todas as suas forças, não magoar o pobre diabo e seu noivo Alberto, gente finíssima inclusive, dá um espaço que poucos no lugar dele estariam dispostos a dar.

O engraçado é pensar que apesar de se achar que tudo é exageradamente dramático e tudo o mais, muitos europeus do século XVIII se identificaram, de alguma forma, com o protagonista e gerou o que ficou conhecido como "Efeito Werther", em que pessoas passaram a repertir expressões, reproduzir as vestes e até mesmo imitar atos do personagem, mas não se reduzindo a isso, levando o livro, inclusive, a ser proibido em alguns países.

Polêmicas à parte, acho que é fácil julgar Werther, apontar o dedo, dizer que ele era muito era gado e isso e aquilo. Mas a discussão vai muito além disso, pois essas angústias e sofrimentos que Werther carrega continuam a existir até hoje, e, talvez, sendo cultivados pelos menos motivos.

Resumindo, que falta num faz uma terapia, né, gente?

Ayranne 03/08/2019

Avassalador Werther
Um dos personagens mais intenso que conheci por meio dos livros, me lembrou um pouco os contos do Machado de Assis, todo sentimento avassalador, todo o drama enebriante.
Amei as orações que ele escrevia em suas cartas!
Uma das mais tocantes e belas:
"Ó Deus, que vêdes minhas lágrimas, pois que fazeis o homem tão pobre, é preciso irmaná-lo áqueles que se alegram com o pouco que resta á sua miséria, um átomo que seja de fé em vós, ó Todo-Amante? Porque a fé em uma raiz medicinal, ou no suco da vinha, que é, afinal, senão a fé em vós, a confiança que concedeis em tudo quanto nos cerca, uma virtude curativa, ou consoladora, de que temos necessidade a todo momento? Ó Pai, que eu não conheço, Pai que outrora fazíeis transbordar tôda a minha alma e agora me voltais o rosto, chamai-me para junto de vós, não mais vos mostrei mudo aos meus apelos, porque o vosso silêncio não poderá conter esta alma que tem sêde de vós! Um homem, um pai, não pode irritar-se porque seu filho, reaparecendo sùbitamente, atira-se ao seu pescoço exclamando: "Eis-me de retôrno, meu pai! Não fique zangado por eu abreviar uma viagem que, por sua vontade, deveria durar mais algum tempo! O mundo é o mesmo em tôda parte; mas, que me importa isso? Só sou feliz quando o senhor também é, e é junto do senhor que eu quero sofrer e alegrar-me..." E vós, bom Pai celestial, repudiareis êsse filho?"

Roberto Soares 01/03/2021

Para Ítalo Calvino, o clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer. Bem, Goethe nunca terminou de dizer que a paixão é tormenta e ímpeto. A obra que deu início ao Romantismo alemão deu abertura também a uma nova forma de sentir amor: a romântica, de paixões abrasadas baseadas no devaneio e na ilusão, repletas de obstáculos e que, de modo geral, conduzem a um fim trágico. “Os Sofrimentos do Jovem Werther” irá, como o próprio título diz, nos narrar os sofrimentos de um jovem frente a uma devastadora desilusão amorosa para com Carlota, uma mulher comprometida. Cada vez mais devotado, impulsivo e rejeitado, esse amor irá se converter em dor e desespero, provocando a morte do apaixonado. Porém essa paixão de Werther já é concebida como sendo de natureza mortífera, beirando a loucura, e de um excesso pulsional impossível de ser satisfeito (impossível de uma forma questionável, pois terminei a leitura acreditando que uma reciprocidade por parte de Carlota, a certa altura, não era de todo inconcebível). Mas sou da opinião de que essa paixão não é por Carlota, e sim pelo IDEAL de Carlota. O Ideal se liga ao objeto, e o resultado é uma construção imaginária frágil, que vacila diante de qualquer desencontro. Essa paixão o leva a tentativas de tamponar o vazio estrutural com ideais que, quanto mais difíceis de serem realizados, mais ferozes são, e para os quais não há apaziguamento. Ou há? Werther se decide pelo caminho que, ao lado do álcool e do ópio, está entre as mais desejadas das fugas românticas: o suicídio. Amor e morte se conjugam em íntima relação para os românticos, e o morrer surge como um modo elegante de se disfarçar os desapontamentos a que todo amor está condenado, além de garantir a imortalidade de uma paixão que já tem a pretensão de ser divina e durar eternamente. Para dar força a esse enredo profundo, Goethe não desperdiça uma única linha. É incrível! Cada página, cada frase, parece ter sido criada criteriosamente para contextualizar o caráter e os sentimentos de Werther, para que, ao chegarmos ao final da história, nos pegarmos dizendo: “É, eu esperava por isso.” Como essa espera será vivenciada, para isso é impossível de se preparar. Hoje, quase 250 anos após a publicação do livro, em que o sentimentalismo tóxico e o egoísmo imperam nas formas de se construir relações (isso quando elas são construídas), Goethe joga na nossa cara que nenhum ser humano está livre de ter que se colocar como objeto. Nesse momento, seria o jovem Werther capaz de mexer com o jovem moderno?

Caio 09/12/2022

O meu amor só existe no outro
Werther, um classico romance alemão do século 18. Conta a historia de um jovem rapaz, que se apaixona por uma moça, ja prometida, acompanhamos sua jornada de seu mais lindo pico de amor, até o poço de sua trágica morte. É interessante como nos è apresentado no livro de inicio sendo boa parte 1° pessoa conseguimos acompanhar a visão dele das coisas e isso nos revela muito sobre o mesmo. Sua ligação com exarcebada com a fase da vida, infância, faz nos essa paixão exagerada sobre a natureza, deus, vendo tudo com o olhar de novo para aquilo. Entretanto ao ver carlota ele usa desse seu olhar infantil para criar uma imagem e um amor idealizado por ela. Em sua mente pela sua paixão fora da conta ele criou uma Carlota quase que santificada como uma mulher perfeita e mesmo em uma realidade em que ela aceitaria ficar com ele, Carlota não seria essa tal perfeição que Werther criou. E por ser algo de sua mente a um certo egoismo dentro dele. Em certa passagem do livro quando iria dizer sobre seu amor por Carlota ele usou mais de quatro vezes a expressão "meu" mostrando que seu amor idealizado era na verdade muito mais sobre ele do que ela. Dito isso não acho que Werther sege uma má pessoa era apenas uma criança que não cresceu.
Descanse em paz Werther

Erick 19/07/2012

Livro que inaugurou o gênero romance no ocidente, além de ser um dos primeiros livros da literatura escrito em língua vulgar - ou seja, fora da tradição latina. Essa obra de Goethe é composta por cartas de Werther a um amigo, relatando suas angustias provenientes de um amor não corresponddido. Carlota, sua amada, é descrita como uma Deusa que veio à terra para lhe causar sofrimento. É um clássico que deve ser apreciado.
A sequência narrativa decorre de uma imprecisão nas cartas, a contradição de sentimentos de Werther e uma melancolia que permeia toda a obra.

holic 07/11/2023

Ler Werther é como assistir um amigo definhar
Simpatizar ou não com Werther é uma opção. Muitas vezes me vi não gostando das ações do personagem e como ele lidava com as coisas ao seu redor, mas não é assim com os amigos que fazemos?
Não sei se essa foi a intenção do autor, mas senti como se as cartas de Werther fossem endereçadas a mim, como se eu lhe alertasse para não cair dentro da própria tristeza. Assim como senti a impotência dos meus pensamentos perante a depressão do "meu amigo", sabendo que eu não poderia o parar.
Werther sempre deu pistas de seus pensamentos e acredito que a maioria dos leitores atualmente sabe o final do livro, mas é a maneira que todos os seus sentimentos vão escalonando para o desastre é o que torna a narrativa tão dolorosamente interessante.
Ao final de tudo, Werther traiu seu princípio do bom humor, se tornando aquilo que odiava por não ter aquilo que amava, e acredito que mesmo que tivesse Carlota ainda haveriam tristezas em sua mente para o arrastar para o abismo.

Karoll ;) 13/05/2010

Werther é um livro que toca bem no íntimo. Dizem que na época, quando foi lançado muitos jovens suicidaram-se após lê-lo. Trata da história de um rapaz que escreve tudo que pensa e sente em seu "diário", um rapaz culto e que não demonstra sua tristeza, no entanto,Werther é um rapaz solitário e que só quer sentir-se bem no mundo em que vive, sentir-se amado.

MarcosQz 16/12/2016

Werther, e a história da loucura
Posso dizer que é um dos melhores livros que li durante o ano? Posso! Com toda certeza posso afirmar isso.
Werther é um livro fabuloso, a escrita desta edição ainda é de um português mais antigo, 1971, mas ainda assim é fabulosa a forma como a história de Werther é contada através de cartas, como um diário. É fascinante ler sobre sua paixão por Carlota, sua fascinação por Alberto e por todas as coisas da vida que mostram uma beleza simples, humilde e mágica.
Me vi em algumas partes, transcrevi várias outras, as páginas todas possuem uma escrita que supera em muito várias escritas de hoje.
Agradeço pela minha amiga por ter me emprestado esse livro e afirmado que iria amá-lo, pois amei.
Obrigado, Goethe, por essa obra prima.
Uma história de amor, de loucura, uma loucura tão prazerosa que nos causa inveja.
O final? Um final tão triste como o final da vida de qualquer um.

alsdrdgs 14/09/2023

Werther sofreu mais que a Ju :(
Levei exatos 14 dias para concluir a leitura, e apesar de ter uma linguagem difícil, consegui imergir dentro da história e me apegar ao jovem Werther, seus sofrimentos e devaneios sobre a vida, o amor, Deus e a arte.
por ser escrito através de cartas que Werther enviava ao seu amigo Wilhelm, o leitor consegue entender como Werther vê o mundo, e como tudo isso vai mudando quando ele passa pela terrível experiência do amor não correspondido, o que faz com que a sua mente adoeça. sua visão de mundo muda drasticamente e adentramos nos sentimentos mais profundos através das cartas de Werther.
A parte mais triste foi quando no meio da leitura eu percebi que ele não era mais o mesmo, que estava totalmente abraçado à um sentimento que ele odiava com todas as forças. Werther definha ao longo da leitura e transforma-se de um jovem artista e esperançoso em alguém totalmente pessimista quanto à vida.

"sim, nada mais sou do que um viajante, um peregrino sobre a terra! e você é alguma coisa mais do que isso?"

Giovanna.Campos 11/03/2021

Ilustre obra romântica
Há duas considerações acerca do livro. Ou decidiremos compreender como um acesso à loucura, ou reconheceremos como o tormento de um amor não correspondido. Werther encontra a angústia presente nesse tipo de sofrimento e aceita, com resignação, esta dor como se fosse inevitável, mergulhando dentro do seu abismo interior. No entanto, não somente o sentimento intensifica a situação, como seus devaneios e sonhos que o elevam a um tipo de paixão quase (ou certamente) obsessiva. Fica o questionamento apresentado no livro, ele sentia por ela tudo o que dizia ou não se passa da impossibilidade de tê-la e a continuidade seria sua negação a essa circunstância? Há, também, a probabilidade de se tratar de uma glorificação exacerbada da figura que ele imagina e não a realidade em si.
Uma obra muito importante para o romantismo. A musa inspiradora do protagonista é inalcançável e ele a eleva a um plano etéreo, celestial. Clássico desse estilo literário, assim como a resolução encontrada pelo jovem.