A Casa do Escorpião

A Casa do Escorpião Nancy Farmer




Resenhas - A Casa do Escorpião


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Raquel T Moura 03/04/2009

Todos pra quem eu emprestei esse livro, leram e amaram .

Esse foi um dos primeiros livros "grandes" que eu li quando era adolescente. Lá na época em que eu achava trezentas páginas muita coisa. Mas o livro é tão bom, tão envolvente e interessante, que eu fui lendo rapidinho. As páginas simplesmente iam voando.

Ninguém o recomendou pra mim e nem li nenhuma resenha sobre ele. Simplesmente o achei numa livraria e resolvi levá-lo pra casa. Até hoje o considero um achado. Um desses livros que não fazem sucesso, a gente acha por acaso e passa a amar. Infelizmente, uma das pessoas pra quem eu o emprestei o perdeu, e hoje é difícil achá-lo em livrarias.

A história nos apresenta um mundo no futuro onde clones são feitos e fertilizados dentro de vacas para que se extraiam os órgãos deles e sejam implantados no clonado, fazendo com que as pessoas vivam muito mais anos do que hoje.

Os clones são considerados seres inferiores e não chegam a desenvolver uma “vida” propriamente dita. São conservados em laboratórios até que estejam prontos para a extração dos órgãos e são depois mortos. O livro nos mostra então um menino que se descobre clone de um dos homens mais ricos e poderosos do mundo, que resolveu burlar a lei e não matar seu clone.

Pode ser um livro tanto para adolescentes, quanto para adultos, embora o personagem principal seja um adolescente.

E por mais que pareça uma história louca, não é. É uma história sobre um mundo diferente onde gente como a gente busca sobreviver e se adaptar entre as regras da nova realidade e os apelos do coração.
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Maxie 19/03/2010

Merecia um final melhor
Eu li este livro em apenas 2 dias. É uma daquelas histórias que te prende completamente.

O Protagonista Matt é um clone do grande comandante de um pequeno pais chamado Opium, que foi criado entre o antigo México e os USA. Quando jovem, o homem, chamado El Patrón chamou os governos do México e dos USA e lhes disse: “Vocês têm dois problemas, o tráfego de drogas e os imigrantes ilegais. Eu posso resolver ambos para vocês. Concedam-me um trecho de terra entre seus dois países e eu vou manter os ilegais fora de suas fronteiras e vou plantar drogas, mas prometo que elas não serão distribuídas em nenhum de seus territórios.”

Por incrível que pareça, os governos concordaram. Assim nasceu um império que durou mais de 100 anos. E como ele controlava os ilegais? Todas as pessoas capturadas recebem um implante no cérebro que as torna pouco mais do que zumbis, capazes apenas de obedecer ordens e cumprir tarefas pré-determinadas.

Usando partes de clones e outras tecnologias médicas, El Patrón conseguiu viver até 148 anos.

Nesta sociedade os clones são injetados quando bebês com uma substância que destrói as funções superiores de seus cérebros. Mas El Patrón preferia seus clones inteligentes para ter o prazer de olhar a si mesmo como ele era em sua juventude. E estes clones, educados e inteligentes, eram usados mais tarde para repor as partes de seu corpo que falhavam. Ele criou sete desses clones, Matt seria o último, a “nona vida” de El Patrón.

O livro segue Matt desde seu nascimento até seus 14 anos, mostrando sua relação com o mundo ao seu redor e a relação das outras pessoas com ele. Para esta sociedade, clones eram considerados animais, não-pessoas, coisas que podiam ser possuídas e destruídas á vontade.

O livro é muito bem escrito e vale a pena ser lido. Minha única ressalva é quanto aos capítulos finais. Fiquei com a sensação de que a autora não sabia como terminar sua história e acabou fazendo uma colagem. O final propriamente dito é absurdamente anti-climático. Fiquei com a sensação de que a autora criou um grande número de personagens e não sabia o que fazer com eles depois, então inventou um jeito de lidar com todos eles ao mesmo tempo. Sem falar em novos personagens importantes que surgiram do nada, no final do livro.

Foi como se ela tivesse escrito duas histórias diferentes, ou tivesse pensado o livro em dois volumes e depois teve que juntar as histórias em uma só. Ficou estranho, como um quebra-cabeça que não encaixou direito.

O livro merecia um final melhor.
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Pefico 07/06/2010

Bonzinho
A Casa do Escorpião conta a estória de Matt, um clone criado para ser repositório de órgãos do humano de onde se originou. No entanto, em vez de um ter sido transformado em um idiota, destino normalmente imposto aos clones, é permitido ao Matt crescer como um menino normal. A infância de Matt é marcada pelo isolamento, e posteriormente pela discriminação por seu status de clone, que é considerado uma criatura sem alma.

Eu achei A Casa do Escorpião uma estória interessante, mas sem grande apelo. Por vezes ela se arrasta por páginas e páginas e páginas de cenas desnecessárias, apesar de bem escritas. Se o livro fosse mais curto e bem resumido, teria uma ritmo mais apropriado e extremamente viciante.

Os personagens são interessantes, cada qual com sua neurose. Não gostei de algumas coisas terem sido deixadas sem explicação, como: por que diabos o Matt acabou sendo criado pela Celia? Será que El Patron era tão poderoso assim que ninguém podia escapar dele fugindo e se escondendo em algum lugar remoto? Se El Patron era tão paranóico, por que não tinha mais uma dúzia de clones?

O começo do livro abre com uma explicação pra essa última pergunta, mas a achei insuficiente. Se as células estavam velhas demais para serem clonadas, era só pegar uma célula do clone e criar outro.

Enfim, sinto que A Casa do Escorpião tem alguns furos, mas no geral é uma boa estória, principalmente levando em consideração que ela é direcionada pra adolescentes americanos. Acho que é uma boa contribuição para que todas as pessoas enxerguem conceitos tão cinzentos como ética e moral sob outra ótica.
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