Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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clara :) 25/02/2024

Um homem nasce ruim, ou o mundo o torna ruim?
Acho que essa história além de contar sobre crianças ladronas nas ruas da Bahia, contam como crianças que ficam sem seus pais é não tem ninguém para as cuidar, acabam por forças externas tem que se tornar ruim, é ainda no final do livro mostram que mesmo sem querer ao início da vida adulta, muitas delas acabam por ter que se tornar nessa vida.

Além de tudo toda a discriminação das pessoas faz com que eles não consigam ajuda, mas eles no final nao são de todo ruim, eles são ladrões por que precisam sobreviver, mas como foi visto quando Dora chegou no trapiche eles a acolheram é a respeitaram, no final era tudo uma fachada, pra esconder a dor é o sofrimento deles

De início eram crianças boas, mas a maldade do mundo é do pensamento discriminatório da pessoas marcharam a imagem, é a vida deles
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Vitor.Romito 25/02/2024

Excelente
Clássicos são atemporais e incríveis. Ao mesmo tempo que nos trás um pouco de como a vida era em uma determinada época, conseguem sobreviver ao tempo e continuam a dialogar com o leitor atual. “Capitães da areia” é um destes e mostra-se tão atual que até assusta, principalmente quando se nota que tem quase noventa anos de publicação.
A estória dos meninos que vivem em um trapiche na cidade de Salvador e precisam praticar atos questionáveis e imorais para sobreviver é tocante e intensa. A linguagem utilizada, mais coloquial, cheia de gírias e expressões do cotidiano (que misturam o religioso cristão com o de matrizes africanas) é genial, o que aproxima o leitor daqueles garotos. Isso ilustra o quanto Amado é habilidoso com as palavras, já que as atitudes dos Capitães e a natureza em que estão inseridos, sem a devida descrição da situação e um toque de leveza em algumas partes (vide a questão do carrossel), afastaria a empatia que teria caso as ações fossem colocadas de forma mais crua e bruta (principalmente quando descreve uma situação bem complicada envolvendo uma garota na praia e o líder dos Capitães de Areia).
Essa habilidade já salta a vista logo no início com as notícias de um jornal local sobre os grupo e tratamento distinto que este dá para cada membro da sociedade e a forma como cada um deles relatam a situação. A forma como o chefe de polícia, o juiz de menores e o diretor de reformatório empurra um para o outro me dá a sensação de “já vi isso aí”. Esses personagens ganham aditivos na figura da mulher que encontra o padre junto dos meninos, nos policiais em si e nas altas “patentes” da igreja. Já os representantes das camadas mais baixas, ao defenderem os Capitães, mesmo que não concordem com a ação em si, são relegados a segundo plano no âmbito da notícia ou desacreditados de forma mais contundente.
Os Capitães de areia é um grupo grande, mas Amado foca em apenas alguns, e destes os que mais me chamaram a atenção foram Pedro Bala (o líder), o Professor, o Gato, o Sem-Pernas. Claro que também tem o Boa-Vida, o Pirulito, o Barandão, o Vida-Seca, mas achei que estes eram mais coadjuvantes que agiam no entorno daqueles quatro. A personalidade deles condiz com as ações que ocorrem no decorrer do livro. Não há uma sensação de “acho que isso não condiz com o menino”. E dos quatro, a trajetória mais comovente, para mim, foi o do Sem-Pernas, um menino coxo. O seu desejo, ilustrado pelo cachorro que o acomponha, é comovente e o desenrolar de sua história foi, para mim, perturbadora, em que um sentimento crescente na consciência do menino traz melancolia.
Não dá para não escrever sobre Dora. Ela entra para o grupo e cria uma reviravolta grande neles. E aqui, novamente, demonstra a habilidade de Amado como contador de histórias, pois toda esta trajetória da guria, desde o início com o problema dos pais, encontro com o grupo, as aventuras que passam e o desfecho delas é muito real e impactou tanto nos garotos como em mim quanto leitor.
A única coisa que talvez tenha me desagradado na leitura foi o início quanto a forma que era desenvolvido, mesmo entendendo essa escolha, que foi uma forma para desenvolver melhor o grupo. A sensação era que havia microssituações para aproveitar um dos Capitães em ação, como se fossem pequenas “quests”. Mas no decorrer do livro, principalmente com depois do encontro do Professor com um senhor e da chegada do “alastrim”, vem a sensação de progresso.
Finalmente, o desfecho dos personagens é satisfatório, alguns um tanto óbvios quanto a sua trajetória e outros trágicos. Destes, o que achei com pouca probabilidade de ocorrer seria o do Professor, porém não afasta do satisfatório.
Assim, é um livro com uma história poderosa, muito bem escrita e que assusta por ser atual em seus diversos temas, como o abandono e descaso com os menores em situação de rua e a forma como as camadas da sociedade enxergam eles e suas ações. Um livro que vale muito tirar um tempo para ler e refletir sobre o que está escrito.
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Isabele.Veras 25/02/2024

1937 ou 2024?
Como pode um livro escrito em 1937 ser tão atual quanto este? Eu, que nunca fui fã de literatura nacional, acabei de ter esse livro como meu favorito. É uma leitura maravilhosa, pesada, que faz a gente pensar na desigualdade e se questionar sobre varias coisas.
Eu, que nunca soube escolher um livro pra dizer que era meu favorito, acabei de achar um. Acho que estava aguardando ter essa leitura pra escolher o melhor de todos.
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Aylana Almeida 24/02/2024

Leitura INCRÍVEL
Capitães da areia foi o meu segundo livro Jorge Amado. O primeiro foi Gabriela, que não me agradou o quanto eu esperava mas ler este livro aqui me fez ter certeza de porquê Jorge Amado é tão lendário quando se trata de literatura brasileira. Leitura fluida, com uma narrativa rápida e uma história emocionante e envolvente, que com certeza vou demorar a esquecer!
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yanca 22/02/2024

Genial!! a escrita, os personagens, a história dos capitães de areia, a linha tênue entre ser criança e ser homem... ansiosa pra ler outras obras do Jorge Amado!
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Luciano442 22/02/2024

Clássico
Sublime tanto na história como na escrita. Um relato comovente sobre uma realidade que assombra, não só a Bahia, mas todo o país. Um livro escrito há quase 90 anos e mais atual do que nunca.
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Maria6154 22/02/2024

Uau
Que livros cativante, fala sobre tantos tópicos em uma única história, tantos problemas, tantas brigas, tantas lutas silenciadas. Sendo uma crítica muito precisa em diversos pontos sobre o que acontecia na época e que acontece até hoje em dia. A forma que ele trata essas situações delicadas com tanto talento, é algo admirável. Um dos melhores livros que todos deveriam ler!
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Paulinha. 22/02/2024

Um clássico
Primeiro livro de Jorge Amado que li e entendi o porquê dele ser um clássico da literatura. Descreve uma realidade dura por meio de palavras tão envolventes que me senti no trapiche, junto com João Grande, Dora e Pedro Bala. Uma experiência única e maravilhosa.
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Natasha.Kethelen 22/02/2024

Impressionante
Uma obra lançada em 1937 consegue ser tão atual. Jorge Amado soube muito bem abordar uma história de meninos que não possuem família. Que vivem nas ruas para sobreviver, roubando objetos de valor e comida.
O que mais me comoveu foi como os personagens tinham uma individualidade e representatividade bem abordadas. Super desenvolvidos, conforme passa o enredo você como leitor fica comovido pela trajetória de cada um. Como eles se tornam ao longo do livro.
Me arrependo de nunca ter lido um livro desse grande autor antes. Jorge Amado agora é um dos meus autores nacionais favoritos.
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Ju 21/02/2024

Angustiante e inspirador
Acho que o sentimento que mais me pegou durante essa leitura foi a angústia, o tipo de angústia que gruda no peito, ecoa na garganta, abafa os ouvidos e escorre dos olhos.

Há beleza na prosa de Jorge Amado, ele é um contador de histórias fenomenal, e obviamente fica clara a militância no livro, especialmente mais no final, mas é a capacidade de descrever as vidas sofridas, a cidade, os costumes, a maneira de envolver o leitor na história que fazem com que o livro seja atemporal.

Confesso que foi meu primeiro contato com a obra dele e já foi apaixonante, me encontro devidamente encantada e ansiosa pelas outras histórias que descobrirei pelas mãos desse escritor, um mestre sem dúvidas.

Sobre os personagens não falo muito para não dar spoilers, mas foi incrível acompanhar as vidas e destinos de cada um dos meninos, muitos me deixaram desconsolada, de outros fiquei orgulhosa, e por tantos outros angustiada, é doloroso pensar que essa é a realidade de muitas crianças Brasil afora, ao redor do globo inteiro....

Acho que é interessante que o autor tenha elevado esse sentimento de angústia ao seu máximo antes de fazer sua propagando ideológica, foi um cálculo bem interessante, magistral diria.

5/5 ?
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jbswiftela 21/02/2024

Capitães da areia
Esse lindo livro conseguiu superar todas as minha expectativas que eu tinha sobre ele. me agarrei demais aos personagens e fiquei muito sentimental em relação à tudo que aconteceu com eles. foi uma história linda e real, uma leitura digna de 5 estrelas e favoritada.
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Caroline1091 21/02/2024

Um clássico e seus heróis loiros
Não posso negar que o livro é um clássico; fiquei triste, com raiva do destino daquelas crianças, daqueles meninos que foram obrigados a se tornarem homens, vivendo à margem da sociedade, se deitando com mulheres, roubando para ter o que comer, sem mãe, sem pai, sem família, largados por aqueles que deveriam proteger e zelar por suas vidas.

O livro é uma denúncia sobre a falta de acolhimento do Estado e da própria sociedade, com aquelas crianças que vivem sob o trapiche, pelas ruas da Bahia e do Brasil. No entanto, me incomodou o fato de Pedro Bala ser loiro, Dora ser loira, seus ?heróis? serem loiros.

Em um momento da história, Pedro Bala estupra uma menina que anda pelo areal, uma menina negra e o evento é tratado com naturalidade pelo autor. As ?negrinhas do areal?, servem para se deitar, mas Dora é vista como uma figura materna, com sua pele branca e seu cabelo loiro, é vista como noiva, tem que ser protegida, é apenas uma menina.

?Gostava de derrubar negrinhas no areal. De encostar peito com peito, cabeça com cabeça, penas com pernas, sexo com sexo. Mas nunca pensara em deitar na areia ao lado de uma menina, menina como ele, e conversar de coisas tolas e correr picula como os outros meninos, sem a derrubar para fazer o amor?

Por isso, ao mesmo tempo que o livro faz uma denúncia social, ele deixa um gosto amargo, porque em meio a Bahia, Jorge Amado trata a dor de meninas negras com certa banalidade, colocando o seu ?herói? e sua ?heroína? como brancos e loiros.

O livro tem seus erros, como disse, mas não deixa de ser lindo, bem escrito, triste, uma denúncia das mais dolorosas e verdadeiras.
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Beatriz.Tabosa 20/02/2024

é simplesmente perfeito, não da pra discordar, é um livro que aborda problemas sociais severos mas ao mesmo tempo a vida de crianças que vivem no cais em salvador na bahia, um toque de humor e realidade com diferentes pontos de vista e reviravoltas, 600mil palavras na lingua Portuguesa mas eu ainda fico sem palavras sobre esse livro
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Marina.Cavinato 19/02/2024

Eu achei um livro magnífico. Eu fui tão envolvida pela história e pelos personagens. É tudo tão trágico mas ao mesmo tempo tão cativante. Esse é um dos que vai me dar um leve ressaca literária que eu vou lembrar de tempos em tempos e refletir sobre o quão bom esse livro é.
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