Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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Wictoria0 21/01/2024

Sem sombra de dúvidas esse livro é um dos meus preferidos e, seguramente, o meu preferido de Jorge Amado. Gosto de tudo do livro, desde a descrição da cidade de Salvador, da realidade dos órgãos e da falta de oportunidade. Mas, sem sombra de dúvidas, o que mais me encanta é como Jorge Amado conseguiu contar a historia de 9 crianças/adolescentes sem criar um personagem principal. O meu preferido, por exemplo, é sem pernas, mas conversando com amigos vejo que o personagem principal de cada um varia muito entre todos aqueles capatões de areia narrados.
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Marcelo Purificação 21/01/2024

Breve Sinopse
"Capitães de Areia" é uma obra-prima literária escrita por Jorge Amado, que retrata a vida de um grupo de meninos de rua em Salvador, Bahia, durante a década de 1930. O livro mergulha nas complexidades da infância marginalizada, explorando temas como amizade, sobrevivência e a luta contra a injustiça social. Amado tece uma narrativa envolvente, revelando a humanidade por trás desses "capitães", enquanto aborda questões sociais relevantes da época. Uma leitura poderosa que continua a ressoar com sua relevância social e emocional.
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Lisvitoria.nbs 20/01/2024

Capitães da Areia
"Capitães da Areia" é uma obra de grande importância na literatura brasileira, escrita pelo autor baiano Jorge Amado, publicada em 1937 durante o governo autoritário de Getúlio Vargas. A narrativa retrata a vida de um grupo de menores abandonados, conhecidos como ?Capitães da Areia? que crescem nas ruas da cidade de Salvador, Bahia, vivendo em um trapiche e roubando para sobreviver. Por meio da genialidade do escritor, que utiliza uma linguagem simples e acessível, somos conduzidos a compreender e refletir sobre diversos problemas urgentes em nossa sociedade. Durante a narrativa é possível entender sobre o efeito da marginalização, mas sobretudo as causas que levaram a essas crianças a optarem por uma vida de crimes. Portanto a obra mostra que elas não criaram os problemas social, mas se tornaram vítimas de dele. No Brasil, existe a convicção de que atos incorretos devem ser punidos, refletindo uma busca constante por responsabilização. No entanto, essa percepção se confronta com uma realidade em que as punições não são aplicadas apenas com base na natureza do ato, mas também na identidade da pessoa envolvida. Por exemplo, quando um jovem branco comete um roubo semelhante ao de um jovem negro, as repercussões, a percepção na sociedade e até a forma como são divulgadas as informações podem diferir substancialmente. Assim como na realidade retratada na obra, a raça se torna um fator determinante nas consequências dos atos dos jovens. Além da marginalização, essas crianças foram forçadas a amadurecer precocemente, desprovidas de uma base familiar sólida e inseridas nesse contexto social discriminatório e cruel, tiveram que aprender a sobreviver em circunstâncias extremamente desafiadoras. Apesar dessas adversidades, a obra de Jorge Amado destaca a resiliência desses jovens, que, apesar das dificuldades, não perderam sua essência, visto que eles se divertem, brincam, dançam, a capoeira, por exemplo, não foi apenas uma ferramenta de luta e defesa, mas também uma fonte de alegria e entretenimento para essas crianças. O autor tem uma frase que diz ?O povo brasileiro vive em uma situação de miséria tão grande e terrível que dá a impressão de que é um milagre viver no Brasil. No entanto, esse povo é tão forte e poderoso que é capaz de milagres como viver, lutar e celebrar em um país onde a população é tão sacrificada.? Essa essência do povo brasileiro que ele conseguiu trazer bem em sua obra "Capitães da Areia".
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alice654 20/01/2024

Nos primeiros 40% ler este livro foi uma forma de tortura psicológica para mim, quasei abandonei. isso pq, eu comecei a ler o livro pela crítica social pertinente e me deparei com algumas formas de violência que considerei desnecessária (como por exemplo, uma cena explícita de estupr0). porém, entendo que isso, infelizmente, é realidade.
os capitães da areia, são um grupo de pequenos homens que tiveram suas infâncias negligenciadas e abandonadas, e em razão disso, se refugiaram da miséria e do abandono no mundo da marginalidade.
o que mais chama atenção no livro, além da realidade retratada de forma nua e crua (o que causa choque), é que, apesar de considerarem homens devido a vida que levam e o modo como agem, os capitães da areia ainda possuem desejos ingênuos e inocentes de menino, isso fica bem claro e evidente quando o sem-pernas vai "morar" na casa da Ester e é acolhido como um filho por ela; quando o carrossel chega na cidade e quando a Dora passa a viver no trapiche.
a história do sem-pernas, em específico, foi a que mais me impactou, pessoalmente falando.
esse livro mostra o lado oprimido da marginalidade infantil, de uma forma bem concreta e isso justifica a repercussão (até negativa em alguns casos) desse livro.
na minha experiência, não foi uma leitura agradável mas foi necessária.
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Fabiola.khamis 19/01/2024

Dolorosamente perfeito
Dizem que Jorge Amado passou dias dormindo no trapiche dos Capitães da Areia, para escrever o livro. Eu não pesquisei pra saber se é verdade, mas não duvido.

A riqueza de detalhes, e não da descrição do lugar em si, mas dos rostos sofridos dessas crianças, da fome, do medo, do ódio e também da coragem, cuidado que tinham entre si e amor pela liberdade, só pode ter vindo de alguém que realmente viveu isso com ou como essas crianças.
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Jeffin_03 19/01/2024

Luzes do carrossel
Este é o capítulo que mais me tocou em todo o livro. É o capítulo em que foram crianças. É o capítulo em que os capitães da areia se sentiram iguais as crianças que têm pais para cuidar deles.
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Gabriel 19/01/2024

A liberdade é como o Sol, é o bem maior do Mundo.
Capitães da Areia foi o primeiro livro do Jorge que eu li. E desde já eu digo que é um dos melhores materiais literários que já me deparei!

O livro se passa em Salvador, capital da nossa espetacular Bahia de todos os Santos - e as descrições de lá, no livro, me deram muita gana de um dia conhecer.

Os protagonistas são os "Capitães da Areia", meninos órfãos, pobres e de rua que vivem o gozo da liberdade de suas vidas, fazendo o que bem entendem, entre furtos e rebuliços - nos comandos do carismático (e diplomático) Pedro Bala, o líder do bando, na medida que também travam a luta diária que é uma criança viver sob estas condições.

O autor não tem medo de abordar a vivência de forma bruta, tocando diferentes pautas no livro - mas mantendo momentos de alegria, troça e aventura harmônica, tal como é a vida.
[Até porque nenhum de nós é composto só de desgraças].

O livro é escrito de forma primorosa, em uma técnica que me lembra o fluxo de consciência da Virginia Woolf - uma forma de escrita em que o autor, em terceira pessoa, transita da profunda descrição do cenário a profunda descrição dos personagens e do que este está pensando - com todo aquele íntimo caos que é o ato de "pensar".

Como resultado, além dessa linda Bahia e rica base cultural, tem um conteúdo profundo da história e reflexões de cada um dos personagens, seus sonhos, desejos e inseguranças. Tudo isso no meio das aventuras.

Mas não se engane com esses últimos parágrafos pomposos, o livro é muito fácil de se ler. Li em questão de 10 dias - como um bom seriado da Netflix que a gente maratona. A linguagem é bem acessível e a cadência dos capítulos também contribui para a fluida leitura - são vários capítulos de tamanho curto à médio que sempre apresentam uma temática - seja uma aventura de um dos Capitães da Areia, do bando ou a vivência de algum destes.

Cada personagem é minuciosamente construído, e todos são cheios de personalidade, até os mais conflituosos. Meu favorito foi o Professor - ele lia histórias a noite pros demais do bando, no esconderijo deles, alimentando a imaginação e a esperança desses.

Por fim, não botei navalha na calça como alguém do bando dos Capitães, mas batuta que sou fiquei espiando a história toda sem piscar, igual o Professor.

Vou levar pra mim uma máxima que é citada ao longo do livro:

A liberdade é como o Sol, é o bem maior do Mundo.

Essa liberdade/Sol dos Capitães da Areia tanto brilha quanto queima,
Milan Kundera teria aqui outro ótimo exemplo de leveza e peso simultâneos.

Chorei em 3 capítulos diferentes, mas não reclamo, afinal só um incorrigível reclama.

Foi uma das coisas mais bonitas que já li, recomendo muito, nota 5/5.
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nanda356 19/01/2024

Um livro absurdo de bom e atemporal
Nossa, mas que livro bom! Acredito que esse tenha sido um dos primeiros clássicos do Brasil que eu li por vontade própria, sem pressão. Algumas pessoas disseram para mim que eu iria gostar, e eu tinha uma ideia bem vaga do que iria encontrar no livro, mas ainda assim me surpreendi com a leitura, gostei demais! Foi um ótimo livro para começar o ano.

A escrita do Jorge Amado é muito cativante. Ela é bem fácil de compreender e quanto mais você vai lendo mais quer continuar. Protagonistas infantis costumam ter a minha atenção e eu realmente gosto de histórias com questões sociais, então ter essa combinação com a escrita do Jorge Amado foi uma experiência fascinante. Passei por inúmeras emoções conforme a leitura, me comovi e acredito que o momento que eu mais chorei foi lendo o capítulo do Sem-pernas com a dona Ester, ele acabou sendo um personagem que me marcou bastante.

Eu não sabia exatamente como seria o final, mas gostei de como cada personagem foi seguindo um caminho, sendo ele trágico ou não e não tivemos um clima de total desesperança, sabe? Esse vai ser um livro que eu vou lembrar.
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Grazielly.Vieira 18/01/2024

Gostei da leitura. É uma linda história de luta de garotos que não possuem as figuras maternas e paternas, que para sobreviver vivem em um grupo de meninos que fazem o que podem um pelos outros, que se tornam adultos bem cedo. Gostei bastante e indico essa leitura, é uma história de muita força e resistência.
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AleaFary 18/01/2024

Não é uma resenha
Livro clássico, todos deveriam ler.
É antigo, mas o enredo é muito atual.
Professores de literatura têm o costume de passar como extraclasse, mas recomendo que leiam sem ser pra escola!
É uma dose de realidade gigantesca
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Poleto 18/01/2024

Jamais perdoarei o que fizeram com pedro bala no reformatório
Com a linguagem essencialmente simples de quem te conta uma grande história, Amado narra um microcosmo de jovens à margem da Bahia. A vivência de todas essas crianças são condicionadas pelo total descaso e abandono, dando-as nenhuma alternativa além de corrida de lobos do capitalismo - há quem as culpe - personagens moralmente dúbios? sim. talvez. São crianças, crianças e nada além. Crianças que nunca tiveram nada além do ódio. Dentre todas o Sem-Pernas é o mais apavorado, consumido por seu próprio ódio, jamais se permitiu ser amado ou cuidado por todas as figuras maternas que apareceram.
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bela 17/01/2024

Com uma riqueza de detalhes absurda e descrição das dores que ultrapassam as paginas do livro, torna-se impossivel nao se compadecer e entender a luta de um capitão da areia. o livro, entre outras coisas, escancara o elitismo e moralismo cristão, desde os fieis ao alto escalão da igreja, que cegamente enxergam cor e classe no ?deixem vir a mim as crianças?. ler a dor dessas crianças-homens e seus sonhos por carinho e amor, que as foi negado durante toda a vida, dá um aperto no coração, ao mesmo tempo que eles nos ensina a importância da lealdade para com os seus. capitaes da areia é uma leitura obrigatória para vida, muito obrigada jorge amado.
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