Na Nossa Estante 12/11/2013
Eu acho que deveria ter indicado “Aprendendo a Seduzir” para a Marise, nossa amiga e companheira de blog, antes de indicar “Pode beijar a noiva”, porque comparando os livros, “Aprendendo a Seduzir” é bem melhor! “Pode beijar a noiva” tem todo um tom galanteador do século 19, toda uma inocência misturada com um amor ardente, mas “Aprendendo a seduzir” me cativou, já que a trama vai além do romance, com personagens coadjuvantes tão ótimos que acabam fazendo parte importante da trama principal.
Caroline é uma moça pura e inocente, apaixonada pelo noivo, o marquês de Winchilsea Hurt Slater, que é melhor amigo de seu irmão. Porém, um dia em uma festa, Carolina ver Slater transando com uma mulher já compromissada com Branden Granville, o Don Juan de Londres, fabricante de armas. Carolina tenta esconder a traição do noivo para que Granville não o mate, mas Granville já sabe que a noiva o trai, só não sabe com quem.
Caroline tenta terminar o noivado, mas sua mãe lhe dá a brilhante ideia de tentar seduzir o noivo, mesmo porque, nessa época se alguém terminasse um compromisso sem uma causa justificável era obrigado a pagar uma indenização (que ótima época!). Caroline não quer um escândalo, não quer pagar a indenização e sente que tem uma dívida com Slater que aparentemente salvou a vida do irmão. Por isso, ela vai até Granville pedir para o que sedutor mais famoso de Londres lhe dê aulas de sedução e assim começa o romance deles.
No entanto, apesar de ser clichê, a história vai pouco mais além já que Slater e Jacqueline (noiva de Granville) são uns canalhas e eu só sosseguei quando tudo é descoberto! O leitor fica curioso, querendo saber como as coisas vão se desenrolar e como a família de Caroline vai descobri a verdadeira face de seu noivo. No meio de tudo isso tem a paixão de Granville por Caroline! Granville é um personagem masculino bem forte, bem diferente dos outros que li da Meg Cabot, bem mais grosseiro, bem menos delicado e paciente! Já a Caroline apesar de ter uma personalidade forte, parece uma tonta por manter um noivado por compaixão quando se tem um homem como o Granville gostando dela!
Assim como em “Pode beijar a Noiva”, a narração é feita em terceira pessoa, mas conseguimos ler o que pensa os personagens, por isso, Granville se torna um protagonista bem mais apaixonante! Granville não é descrito como um homem lindo, mas sim viril, que veio de uma família pobre, mas que ficou rico com seu próprio trabalho. Ao contrário de Slater que é descrito como um homem lindo, loiro e nobre, porém, filho da mãe. A meu ver, esse contraste é um ponto positivo no romance, além, é claro, de ver um cenário urbano de Londres do século 19, com carruagens e mulheres lutando pelo voto feminino, ainda que isso seja apenas pano de fundo.
Resumindo: “Aprendendo a Seduzir” é mais um romance histórico “caliente” da Meg, mas possui personagens mais complexos e cativantes comparados a outros livros de romances da autora.
Michele Lima
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