O sonho de um homem ridículo

O sonho de um homem ridículo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O sonho de um homem ridículo


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Emily977 22/02/2024

?Não quero, não posso acreditar que o mal seja a condição normal das pessoas?.

Pra ser sincera não sei bem o que falar sobre esse livro, acho que ele precisa ser lido pra ser entendido
Achei muito interessante e profundo.
A obra fala sobre como a sociedade ruma a perdição. Sobre um homem ridículo, vazio, que planeja o suicídio, que depois de negar ajuda a uma menininha desesperada tem esse sonho que faz com ele mude suas ideias.

"O principal é amar os outros como a si mesmo, isso é que é o principal, e só isso, não precisa de rigorosamente mais nada: imediatamente você descobre como se arranjar. E, entretanto, isso é só uma velha verdade que foi repetida e lida um bilhão de vezes, mas que não se assentou! ?A consciência da vida está acima da vida, o conhecimento das leis da felicidade está acima da felicidade?: é contra isso que se deve lutar!"

Leitura curta, rápida e bem fluida. Uma excelente leitura que vou guardar em mim por um bom tempo
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Beatriz.Serur 22/02/2024

Um primeiro contato com Dostoiévski e fiquei indescritivelmente apaixonada. Nada como um pequeno conto para nos fazer perder um ?preconceito? dos grandes autores.
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Babsi 19/02/2024

Obra prima dos sonhos
Sem palavras para o cuidado com que esta edição foi feita e ainda mais sem palavras para a escrita do autor. Simplesmente impecável.
Apesar de ser um livro curto, acompanhar a leitura foi uma experiência incrível, amei e me encantei com a história do início ao fim. Sem dúvida, uma obra que levarei comigo durante muito tempo.
Certas frases e passagens me fizeram refletir muito e de certa forma, esse livro me lembrou 1984 (outra obra que amei).
Impossível descrever a vividez que Dostô conseguiu dar ao seu sonho, como se fosse possível quase que tocá-lo.
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Ana Fortuna 19/02/2024

O sonho de um Homem Ridículo - Dostoiévski

O livro é uma discussão social sobre como o mundo está caminhando para o fracasso. O protagonista (Homem ridículo) é um progressista russo que só pensa pela razão e está em um momento da sua vida onde ele não tem nenhum tipo de propósito para viver e assim decide que vai cometer suicídio.
Em certa noite, o personagem encontra uma menina que rompe essa racionalidade do personagem, ela atinge ele de um modo sentimental, porém, ainda assim, ele ignora seu pedido por ajuda, e apenas faz uma reflexão sobre isso. Nessa cena, mostra o personagem dando as costas para uma criança inocente em desespero, em uma situação precária e precisando de ajuda. Neste momento, o personagem representa todas as pessoas e o autor demonstra como a sociedade é alheia à dor do outro.
A partir disso o personagem tem um sonho com uma “Terra boa” - Mito da idade de ouro, onde há uma sociedade sem conflitos - , uma terra que não fora maculada pelo pecado original, redigida apenas pelo amor. Esse mundo é tratado como o mundo perfeito durante o livro inteiro, onde a emoção é colocada acima da razão e acima de tudo, os indivíduos não estudavam sobre ciência ou buscavam pelo conhecimento sobre a vida.
Todavia, a partir de um ponto, o personagem narrador acaba colocando o pecado original ao mundo “bom”, e isso é tratado como se esse pecado trouxesse as instituições do mundo moderno, como a razão, a justiça, a ciência e a individualidade. O texto endemoniza os ideais modernos e mostra como se eles fossem os causadores de todo o declínio humano.
O livro defende a todo o tempo que o caminho da sociedade deveria ser pela emoção e religião e não sobre os ideais iluministas/razão. Porém, essa sociedade sem nenhum tipo de influência da razão é extremamente distópica. É impossível que mudemos a sociedade atual para uma perfeita se as pessoas não refletirem sobre o que está acontecendo hoje, sobre pobreza, racismo, machismo, homofobia e etc.
Como vamos mudar uma sociedade sem o conhecimento, sem a reflexão e sem o estudo? Se as pessoas não estudarem ou souberem o que está acontecendo no mundo, nunca vamos conseguir mudar. Não apenas com a emoção, como se diz no livro, mas sim com uma mistura dos dois. Não sendo apenas movidos pela razão e pela centralização da humanidade, mas também agindo com os sentimentos, agindo de forma amorosa, empática e respeitosa.
Além disso, tenho mais uma pergunta e reflexão sobre o texto: Amor só pode ser gerado por uma extinção das diferenças? No livro, podemos ver que as pessoas são todas iguais, pensando apenas com amor, com o mesmo tipo de religião, crença e opinião. Porém, quando as mesmas passam a ter opiniões diferentes e crenças diferentes, a partir de um “pecado”, Dostoiévski já passa a tratar isso como um dos “sintomas da destruição”.
Atualmente, é impossível vivermos em uma sociedade uniforme, onde todos são iguais, e não, na minha percepção, não é tornando todos iguais que vamos fazer uma sociedade com amor. Precisamos respeitar as diferenças e não aboli-las, uma sociedade completamente uniforme não funciona na realidade, individualidades existem, diferenças existem, e não é abolindo-as que faremos uma sociedade melhor. As sociedades fascistas eram uniformes, onde todos deveriam ser iguais e isso traria união, na opinião deles, mas não foi isso que aconteceu na 2º guerra mundial, o que aconteceu foi censura, massacre, falta de liberdade e atos antidemocráticos.
“Passaram a torturar os animais, e os animais afastaram-se deles, em direção às florestas, e tornaram-se seus inimigos. Começou uma luta pela divisão, pelo isolamento, pela individualidade, pelo meu e pelo seu. Passaram a falar em línguas diferentes. Conheceram o pesar e amaram o pesar, ansiavam pelo tormento e diziam que a Verdade só é alcançada através do tormento” - Nesse trecho podemos ver, esses humanos passam a utilizar dos animais apenas para o bem próprio, sem cuidar deles como antes, o que vemos muito hoje em dia, tortura dos animais para retirar seu leite, ovos e até mesmo carne, apenas pelo lucro. As pessoas param de ser empáticas e de cuidar de todas e passam a ser egoístas. Porém, não confundam egoísmo com individualidades, você prezar por suas individualidades e o direito de ser o que você quiser ou ter sua própria opinião e ser diferente não é egoísmo. E Dostoiévski passa o livro defendendo a ideia que a pessoa ter suas individualidades e diferenças, como no caso das línguas que ele cita nesse trecho, é um dos “sintomas de destruição”, o que eu não concordo.
Dostoiévski também faz uma reflexão de como seguindo a religião a sociedade seria melhor e, primeiramente, me perguntei sobre o que ele pensava sobre pessoas ateias, ou sobre outras religiões, estas não poderiam fazer o mundo um lugar melhor? Depois, lendo o posfácio (Edição da antofágica) de Flávio Vassoler, que fala sobre Jesus Cristo e a frase “Ama ao próximo como a ti mesmo”, deste modo entendi o que o autor quis dizer, mas as pessoas podem amar ao próximo e ter empatia sem ter nenhum tipo de religião ou sendo de outras religiões sem ser a cristã.
Ainda em seu posfácio li sobre Ivan Karamázov (Os irmãos Karamázov), um personagem do próprio Dostoiévski que faz uma crítica à religião cristã tendo em vista o sofrimento de uma criança inocente, deste modo ele afirma que, um mundo baseado pessoas que não cometeram o pecado original, e que ainda assim sofrem, não faz sentido. Ivan não nega Deus, mas denega o mundo criado pela divindade, um mundo onde pessoas inocentes sofrem pelas escolhas de outros.
Tudo isso mostra como Dostoiévski reflete sobre tudo, e tem muitos livros onde critica e reflete (usa a razão) sobre a sociedade.
Após tudo isso, o protagonista acorda com um propósito de vida de pregar essa palavra, onde deveríamos lutar contra a razão e a emoção deveria ser o futuro. Dostoiévski escreve este conto em um momento em que ele passa a frequentar muitos grupos nacionalistas, conservadores e religiosos e passa a ter raiva dos jovens progressistas que, muitas vezes, usavam da violência contra seus opositores, o que explica todo o seu posicionamento ao longo do livro.
Por fim, neste livro vemos a defesa do caminho pela emoção e religião e o ataque aos ideais iluministas e ideias sobre razão, já que, pelo ponto de vista do autor, eles haviam estragado a sociedade. Porém, é de extrema importância sabermos que nenhum extremo é qualificado quando falamos de organização social. Como já vimos na história, nem países com ideais extremamente socialistas ou comunistas e nem os extremamente fascistas ou direitistas deram certo no mundo. Dostoiévski propõe que esse mundo perfeito somente é alcançável por meio da religião e da emoção, porém, eu acredito que um mundo melhor tenha muito mais ligação com a propagação do amor, respeito e empatia, com estudo, reflexão e compreensão do mundo. Gostei muito, foi uma ótima primeira experiência com Dostoiévski. E mesmo concordando parcialmente com seus posicionamentos, eu recomendo a leitura!

E, para finalizar, uma frase:

“Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos.”

Essa frase é incrível, ninguém quer acreditar que o mal seja o normal dos seres humanos, e isso é uma das coisas mais tristes de toda a existência humana. O mal ser tratado com tanta normalidade e o bom ser tratado como revolucionário.

Ana Fortuna
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Nanda Corpe 18/02/2024

Dostoiévski é Dostoiévski.
Uma leitura fluida, rápida e até certo ponto fácil de se compreender a sua intenção. Uma história que nos faz refletir sobre os rumos da humanidade, a qual está se perdendo com seu racionalismo e cientificismo exacerbado em detrimento do sentimento, do amor, da compreensão e da solidariedade. É uma viagem muito gostosa ao acompanhar o sonho desse homem que se autodenomina ridículo. Ridículo por fazer parte dessa humanidade que perdeu seu senso mais primordial e essencial que é o amor pelo ser humano. Ridículo também por ser um sonhador e por tentar reencontrar aquilo que a humanidade perdeu, com suas convicções da Verdade absoluta. "Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos."
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LAvia 16/02/2024

"Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos"

O livro é bem curtinho e não achei a escrita parecida com as outras obras de Dostoievski, nem parece que foi ele próprio quem escreveu essa obra
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chuwanning 16/02/2024

Curti
Eu amo a cadência que o dostô formula as frases, parece que ele tá sempre muito doidão lá na lua f1 pé-duro com um litro de cachaça do lado. gosto.
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Clarissa130 15/02/2024

O sonho de um homem ridículo
?(?) sei que os seres humanos podem ser belos e felizes, sem perder a capacidade de viver na Terra. Eu não quero e não posso acreditar que o mal seja o estado normal dos seres humanos. Mas é só dessa minha crença que todos riem.?

O conto traz um narrador sem nome, cuja única referência que o caracteriza é o fato de ser tido pelos outros enquanto ?um homem ridículo?. Nessa breve apresentação, o homem ridículo está certo de cometer suicídio naquela mesma noite, tendo em vista que, para ele, ?tudo dava na mesma?, ?tanto fazia o mundo existir ou não existir?. Eis que, voltando para casa, ele se esbarra em uma criança desesperada e, apesar de não a ajudar, sente pena e dor pela criança e questiona-se sobre a motivação do suicídio.
Ao cair no sono, ele sonha com um mundo repleto de seres pacíficos, amáveis e desprovidos de pecados, um paraíso habitado por humanos em que o narrador passa a viver, até que, inesperadamente os corrompe?

É um conto breve, crítico e encantador. Vale muito a leitura!
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Isabella1982 15/02/2024

O sonho de um homem ridículo
Um homem que era ridículo e o sabia.
Esse conto, aborda os temas centrais que rondam a vida humana. Conta o princípio de todas as coisas, a finalidade com que cada organização humana foi sendo criada ao longo da história e a forma como elas falharam por seus próprios princípios. Religião, política e o mais puro suco dos ideais humanos e a busca incessante por resposta, pelo encontro com o que é divino.

Um homem, atormentando do vazio de estar vivo decide dar cabo de sua vida, mas um sonho lírico, quimérico, cheio de reviravoltas, muda o rumo de suas ideias, muito embora ele não deixe de ser ridículo!
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Ingrid.Sombra 14/02/2024

Crítica ao niilismo
Apesar de curto, não é um livro do Dostô que eu recomendaria para quem está pretendendo começar a ler o autor. O sonho de um homem ridículo é claramente sua tese contra o niilismo, corrente tão em alta durante a vida do autor. Sua genialidade está muito explícita em sua capacidade de criar um personagem que sustenta uma ideologia tão avessa às suas próprias, sem perder a verosimilhança. E assim, ele vai nos mostrando como o homem ridículo é mesmo um homem ridículo.

Acho interessante assinalar também a importância do sonho na narrativa (não só pelo seu uso no título), porque ele marca uma virada de chave para o personagem. Aqui, o autor foi claramente inspirado pelas obras de Freud, até então o que havia de mais revolucionário no estudo da psiquê. Compreendendo esse contexto, é possível tirar maior proveito da obra.
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