Wes 18/02/2020
A sombria vida das editoras e seus Ghost Writers
O livro carrega um dos piores protagonistas que eu já li na vida. Um vilão gay, que joga todo o seu charme pra cima das pessoas que tão entrando em ascensão. Uma espécie de parasita social no mundo literário, aquela pessoa que vai se esgueirando em que ele vê que tem boa oportunidade no mercado e um grande talento, e o que ele faz? Se relaciona, dar o bote e toma tudo pra si.
Me lembrou até o Andrew Cunanan em alguns aspectos.
O livro é divido em três partes, que vira quase uma volta numa montanha russa:
1 - O começo com o Erich e o desejo de alguém que nunca foi amado tomando controle sobre tudo. A primeira parte foi EXCELENTE, o autor misturou flashbacks com os pensamentos do Erich no presente. E as partes no passado é uma especial de YA, que parece que qualquer hora vai dar merda, simplesmente porque um adolescente está com ciúmes.
2 - A vida e a morte Edith, de como ela foi uma esposa dedicada e apaixonada até se passar por mais uma vítima da inveja. A segunda parte tem muitos altos e baixos e foi onde mais empaquei e me fez dar a nota pro livro. Ela começa numa narrativa epistolar, retratando como foi conviver realmente com o Maurice, um jovem senhor insaciável pelo poder e que só vive cantando vitória por feitos horrorosos. Até que o destino, bem....
3 - A biografia final, e como anda o famoso escritor renomado que vive sozinho pelas ruas de Londres. A terceira parte se envolve quando os fantasmas do passado começam a assustar Maurice novamente, em forma de um jovem rapaz interessado em sua história e com um projeto de biografia. As máscaras caem de vez, mas o final fica tão agridoce que bem, nem todo o esforço de desmascarar o coringa não valeu TÃO a pena assim.
A escada para o céu é um livro sobre ascensão, só que sem queda e que ainda cria uma certa esperança pras pessoas que plantaram o mal desde a década de 80.