A Mulher que Transou com o Cavalo

A Mulher que Transou com o Cavalo João Ximenes Braga




Resenhas - A Mulher que Transou com o Cavalo


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Tauan 08/10/2015

Uma agradável surpresa.
Encontrei esse livro à venda no metrô, naquelas adoráveis maquininhas 24x7. Comprei só pra ter o que ler enquanto cruzava São Paulo de Norte à Sul, mas acabei adorando o inusitado dos contos com temática erótica.
Os contos acabam se relacionando e se completando, emprestando personagens aos outros contos. Parece haver uma linha narrativa que leva do primeiro ao último, abordando amigos e vizinhos em situações cotidianas, mas absurdas, revelando segredos comprometedores e desejos mórbidos.
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Aline164 25/07/2023

Apesar do título sensacionalista...
... não, o livro é ruim mesmo hahaha

Ou talvez eu não tenha entrado no clima dos contos ou talvez esperasse algo mais "literário" do que uma literatura mais para entretenimento, não sei. (Em tempo, não tenho nada contra literatura puramente de entretenimento, alguns livros desse tipo são excelentes! Adoro livros policiais e de suspense.)

Um ponto positivo é que os contos se encadeiam, os personagens e suas vidas estão emaranhados e a cada conto ficamos sabendo um pouco mais sobre determinado personagem.

Senti os personagens bastante caricatos (se essa foi a intenção do autor,ok), então não consegui me conectar nem sentir empatia por nenhum deles. São quase todos personagens/fantoches de classe média/ média alta, meio entediados, cansados, tentando dar conta de uma vida sem sentido, em busca de algum tipo de emoção ou algo que os faça sentir vivos, com pitadas de sexo e erotismo no meio. Além disso, os contos são "explicativos". Não há muito espaço para o leitor deduzir, tudo é explicadinho, e esse tipo de literatura não me instiga.
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Sofia235 20/11/2023

O livro se trata de um pornochanchada contado em uma série de crônicas. No início demoramos a entender aonde cada personagem vai terminar. Mas é muito interessante o fato de que vamos percebendo que ao menos um personagem das histórias anteriores tem relação com a crônica seguinte. Cada personagem principal de cada história me causou um desgosto tremendo, e senti muita raiva ao ler a forma como certas coisas eram retratadas (figuras femininas, a questão da beleza, crianças, etc), mas com o passar do livro, percebi que esse era o objetivo do autor: te fazer sentir nojo e raiva. A sensação é de repúdio. Quando achamos que a situação não tem como ficar mais absurda, ela fica, e quando achamos que tal personagem não tem como ser mais escroto, ele fica. Alguns nos surpreendem no final das crônicas, mas a maior parte foi trabalhada para causar repúdio, suponho, porque eles traduzem o que há de pior no ser humano, na sexualidade do ser humano quando envolve os instintos, a inconsequência e uma possível vangloria financeira que permite a omissão dos atos. Mas ao mesmo tempo que senti raiva, admirei a maneira como o autor entra dentro dos sentimentos e emoções que causam mais vergonha em nós, e é como se dissesse com seu escárnio em forma de palavras: ''eu sei, todos nós sabemos, somos odiosos, não sejamos hipócritas, tentemos fazer terapia e entendermos a fundo nosso grau de maldade''. A escrita dele, apesar de me causar excepcional raiva, principalmente em função da vulgaridade na escolha das palavras e das inúmeras descrições pesadas e grotescas, é uma escrita muito diferenciada, boa, clara e muito profunda.
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