Sou do tipo mãos vazias. Prefiro nada carregar e ter os braços livres. Mesmo que seja para travá-los na cintura em espera, cruzá-los em desaprovação. Fico, assim, pronta para um adeus inesperado ou um abraço loucamente necessário em quem acaba de chegar.”
Mãos livres reúnem contos e crônicas da autora, com uma escrita poética e fabulizada. As palavras surgem de forma a realçar e tecer a realidade em uma sequência de emoções, narrando eventos inusitados como o encontro com um cão desordeiro, o diálogo de livros à estante e um lugar chamado Aboborolândia, ou passando por temas universais como o amor, a amizade, a maternidade, a morte, a rotina e a timidez, sempre fugindo das explicações comuns; com as mãos desimpedidas, “como se nada pudesse me fazer parar, como se fossem criar garras para lutar. Decerto, deparo com um abismo e aí, estou pronta, prontinha para voar.
Contos