A poesia de Florbela Espanca tem visão idealizada e religiosa da arte. De uma religião, contudo, sem verdades sagradas e sem deuses, na qual, em vez de respostas, encontra-se perguntas. "Ser poeta é ser mais alto, é ser maior/Do que os homens!", ela escreveu em "Ser Poeta". "É ter fome, é ter sede de Infinito!/ Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim.../ É condensar o mundo num só grito!"