O Refúgio

Amor gay nos tempos de Jesus é tema do romance O Refúgio, de Mário Méroe

“O Refúgio - A saga da prostituta que cruzou o caminho de Jesus e sua bênção a um amor especial” do escritor brasileiro Dr. Mário de Méroe, jurista e membro da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas, é uma grata surpresa para quem gosta de romance e cultura. Misturando histórias bíblicas com um enredo surpreendente, o livro narra a saga de Ester, uma prostituta que cruza o caminho de Jesus Cristo e que tem um irmão gay.
Lúcio, irmão de Ester, que de prostituta se torna uma proeminente negociante, vive ao lado do pescador Tércio uma vida pacata e regrada que faz com que o casal gay seja aceito pela comunidade. Contemporizando o relato da vida dos dois, o livro fornece dados históricos sobre a homossexualidade e o preconceito na época. Entendedor da história pré-cristã, o autor descreve com abundância de detalhes a vida no pequeno vilarejo próximo a Jerusalém, região na época tomada pelo Império Romano.
Lúcio e Tércio recebem a benção de sua irmã e até mesmo de Jesus, ao compartilharem com ele a última ceia, segundo a ficção apresentada no livro. Apesar da aceitação do modelo de vida dos dois homens, que vivem em harmonia e discretamente, o livro não é tão compreensivo com a figura das mulheres prostituídas. Ester então se torna mulher de negócios e encontra o seu papel na narrativa ao lado de seu grande amor. O nome o Refúgio se refere ao prostíbulo citado no livro e, obviamente, à busca espitirual dos personagens.
O enredo do livro é de ótima leitura, agradável aos olhos ainda mais pelas obras de arte em bico de pena que acompanham a obra. Misturando o sacro e o profano, O Refúgio - A saga da prostituta que cruzou o caminho de Jesus e sua bênção a um amor especial oferece conforto para quem acredita que Cristo foi um homem além de seu tempo e que pregava o amor de diferentes formas. O livro tem 156 páginas e foi lançado este ano pela Paco Editora. A obra foi gentilmente enviada pela editora para a nossa redação.
Por redação – Revista Lado A - 23/11/2010

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