Na década de 1960, em plena Revolução Cultural da China, o jovem estudante Chen Zhen parte para as estepes do Olonbulag, na Mongólia Interior. Sob a tutela do sábio Bilgee, Chen aprende muito mais do que pastorear ovelhas: ele descobre como superar as dificuldades da vida nômade e a sinergia milenar que une o povo aos lobos selvagens das planícies.
Fascinado pela relação entre os homens e esses animais temidos e idolatrados, Chen compreende a rica relação espiritual que existe entre esses adversários e o que cada um pode aprender com o outro.
No entanto, a paz da existência solitária de Chen é destruída quando membros da República Popular formam multidões nas cidades para levar modernização e produtividade aos campos, interrompendo o delicado equilíbrio entre os habitantes das estepes.
Usando o lobo como metáfora, Jiang Rong constrói uma linda história, que é também uma dura crítica aos ideais da revolução, expondo a grave ferida aberta na cultura milenar que o estudante Chen aprendeu a amar e defender.
O totem do lobo é um belo e comovente retrato de uma terra e uma cultura que não existem mais e, ao mesmo tempo, uma revelação fascinante da visão do país sobre si mesmo, sua história e seu povo.
Ganhador do Man Asian Literary Prize de 2007.