Breno.Guarino 21/12/2022
Garth ennis é, com certeza, um autor com uma carreira de altos e baixos. Digo isso, pois, conseguiu criar obras magníficas como Justiceiro Bem Vindo de Volta Frank, e obras deploráveis como The Boys.
E por mais que suas ideias e conceitos excêntricos sejam no mínimos interessantes, a obsessão do autor pelo exagero da situações e de seus personagens nem sempre é bem aproveitado pelo próprio. The Boys, da prime video, é um ótimo exemplo de como uma produção audiovisual foi capaz de criar experiência rica ao contrário dos quadrinhos. Porém, o estilo caótico de Garth Ennis era algo que parecia combinar com o personagem do Pacificador, sendo ele um lunático que acredita na violência a todo custo como forma de se trazer paz.
Entretanto, Pacificador Pertubadora, a Paz traz um protagonista tão genérico que a história se encaixaria em qualquer personagem que possui o arquétipo de ex-militar traumatizado (parece o Justiceiro escrito por um adolescente). Toda aquela maluquice e excentricidade que é marca do autor, que aqui seria muito bem vinda, é ofuscada por uma história pé no chão até demais, visto teor cômico do Pacificador. Justamente o exagero, no qual Garth Ennis é mestre (e muita das vezes passa do limite), foi o que mais faltou nessa história
Concluindo, essa one shot do Pacificador não é uma das piores coisas que já li, está muito longe disso inclusive, porém, é uma história de psicopata genérica o suficiente para eu não lembrar dela nos próximos dias.