Resenhas - Dead Dead Demon's Dededede Destruction #09

Rebeca275 19/05/2024

Inio Asano
Gosto muito desse mangá do Inio Asano, ele em especial, traz personagens cativantes e interessantes.

Bibis8 13/11/2023

Quem é a pior pessoa que você conheceu?
Desde o começo eu senti medo, medo de algo que a principio eu não sabia dizer o que era, depois achei que fosse o fim, o fim do mundo talvez, mais agora eu descobri que esse temor exacerbado, esse sentimento primordial se tratava de algo bem menor {mais profundo}, mais importante também, algo basilar, eu tinha medo de perder a única estabilidade que essa história havia me oferecido. O par principal sempre foi a ancora, nunca valorizada, as vezes até questionada {por que será que o Inio decidiu falar sobre elas nesse pandemônio?}, porém a única coisa de que eu nunca duvidei, eu apenas decidi aceitar, já que era bom, era confortável, esse mundinho delas se tornou minha zona de conforto.
Imagina então, se não só nossas heroínas não existissem como uma, juntas, mas se elas fossem a pior versão possível delas mesma, versões essas que eu jamais gostaria de conhecer. Confesso que foi aqui que eu cheguei no meu limite, nada que eu li nessa história foi pior do que li nesse volume, ler algo que te deixar assim, no fundo do poço me causou alguns pensamentos intrusivos, "o que eu faria se eu me considerasse a pior pessoa que eu conheci?". Felizmente algo me acalmou, o mundo irá acabar antes que eu precise elaborar uma resposta, e eu não poderia desejar uma solução melhor para esse pequeno problema.

Soares.Julio 15/11/2023

Alunas do primário e a tarefa de casa (do universo paralelo)
Primeira capa de Dededede com duas personagens. E não poderia ser mais simbólico. A história do nono volume é a continuação direta do oitavo, onde vimos o início da amizade de Kadode e Ouran e como seus laços são fortalecidos. As bordas negras da edição predizem mais um volume inteiro de flashback, e os olhos da Kadode na capa também nos prediz algo, que só podemos compreender a intensidade ao ler. E claro, a recomendação etária aumentou em relação ao anterior, passando de +16 para +18. Boa sorte.

No início do volume, sempre temos uma pequena parte de uma historinha de Isobeyan, algo que cheguei a comentar pontualmente, mas creio que aqui temos o ponto mais importante da história. Debeko, a garotinha amiga de Isobeyan, acorda e descobre que Isobeyan deixou uma carta de despedida. A partir disso, ela passa a viver uma vida solitária, tomando decisões questionáveis que eventualmente geram consequências futuras particularmente não muito boas. Ao ser situado no início do volume, é inevitável não relacionar tal história ao que Kadode cometeu no volume anterior, tomando decisões questionáveis através de sua ligação com o seu Isobeyan e como isso poderá levar ela a ficar sozinha e ter que lidar com as consequências diretas de seus atos.

Como sempre, Asano tem um modo de dividir capítulos que são um trunfo dentro da edição fechada. Eles agem simbioticamente de um modo que é difícil parar entre um capítulo e outro. É muito gostoso de ler em edição fechada. Ao mesmo tempo em que pausar entre capítulos se faz necessário em alguns momentos para dar uma boa respirada e deglutir com mais calma sobre o que acabamos de ler, e até se acalmar.

A história apresentada aqui consegue exceder a tensão do volume anterior. De um lado temos a inocência de Ouran, que quase sempre é vista ao lado do irmão super protetor e de Isobeyan, que fica em seu quarto. Sua mãe é ausente, mas seu pai não, e talvez isso seja a diferença entre ela e Kadode, que do outro lado, possui a malignidade da inocência. Kadode é quase sempre vista só, seja na escola, seja em casa. Sua companhia é Ouran e Isobeyan, enquanto seus pais quase nunca são vistos. Kadode escapole de casa às noites para cometer seus atos de heroísmo questionáveis, e isso, creio eu, tem forte ligação com o fato de não ter os pais em casa, ao contrário dos heróis adolescentes que permeiam histórias estadunidenses que escapam do quarto com os pais em casa para vigiarem as ruas, serem heróis, ou mesmo a Sakura Kinomoto, que volta e meia tem que se preocupar com a vigila da família para que ela possa sair e capturar as cartas.
Quero esclarecer que meu objetivo não é escarnecer pais que muitas vezes tem que deixar os filhos só para poderem trabalhar e sustenta-los. Creio que isso não é objetivo de nenhum responsável, embora muitas vezes, é preciso ser feito mesmo a contragosto.
Quando a bomba estoura, Kadode tem que lidar com as consequências de suas atitudes inconsequentes, e vemos como isso se torna algo que presenciamos no início da historinha da Debeko, do qual há um momento que nos vemos sem ter para onde fugir. É um momento triste. Pesado. E são só garotas. Há uma fala da Kadode que diz: “eu sempre estranhei que o Isobeyan deixava a Debeko ser tão egoísta daquele jeito. Achava que ela precisava fazer mais pelo mundo. Mas eu entendi, O Isobeyan não era uma ferramenta da Debeko. Ele era amigo dela. Será que o que eu precisava era de uma amiga, e não de poder?”, e isso diz muito não só sobre o início da história de Isobeyan no início desse mangá, mas como também diz sobre como Kadode percebeu, talvez, tarde demais. As duas histórias se cruzam de uma forma tão poderosa e triste aqui, que não posso deixar de me emocionar.

De início estranhei termos mais um volume inteiro de flashback, mas Inio Asano conseguiu administrar bem a história até aqui. A primeiro momento senti sim que havia momentos um pouco desnecessário, mas fico com a impressão de que seja mesmo só o modo como Asano não tem pressa. Em What A Wonderful World, temos algumas histórias de início de carreira do Asano, e ele tem uma certa predileção por contar histórias de pessoas comuns, que não possuem um ritmo acelerado de vida e isso é algo que se tornou característica dele. A história a ser contada aqui é boa, por isso prefiro não me dignar a falar tanto do ritmo, deixando mais prós e contras. Aqui também temos soluções visuais para a narrativa que são excelentes. O método de desenho do Asano o permite ser mais disrruptivo em certos momentos, deixando mais interativo a questão visual. O fim do flashback se torna um ciclo a ser fechado, mostrando o início da obra por outro ângulo, algo de enorme valor ao meu ver. Dead Dead Demons é uma obra de enorme valia e entramos na reta final. Agora nos resta conferir como tudo isso que começou com uma amizade entre duas garotinhas, vai se desenrolar. Será que Kadode vai poder salvar o mundo de forma menos egoísta agora que tem Ouran a considerando sua absoluta? O peso nos pequenos ombros da garota sobrancelhuda vai ser suportada por seus amigos, como Ooba e Makoto, agora que sabem o que aconteceu? A edição termina com a historinha de Isobeyan sendo concluída, mostrando que Debeko não aprendeu nada com o que viu, resultando nas mesmas consequências desastrosas. Agora nos resta esperar que Kadode e Ouran não cometam o mesmo erro duas vezes. Ou uma, dependendo do seu ponto de vista.

Lucas Canabarro 21/01/2024

Você é o meu Absoluto
Esse volume explicou muita coisa.
E tem um grande desconforto durante essa leitura. Ver as protagonistas indo para um caminho sério (Inio Asano voltando para a temática dark que deixou ele famoso) me deixou amargo.
Graças a esse volume eu agora entendo as introduções/conclusões de capítulo. Eles estavam conversando o tempo todo sobre a história principal.
Espero que a JBC não demore tanto pra concluir essa história incrível.