O romantismo foi e continua sendo uma das marcas registradas da cultura ocidental. Neste importante estudo, o psicanalista Jurandir Freire Costa mostra o que aconteceu com o amor quando se deslocou para o centro imaginário do ideal de felicidade pessoal.
Os textos que compõem este livro não pretendem oferecer soluções para os dilemas do amor. Para o autor, uma maneira sensata de viver a emoção amorosa intensamente consiste em se desfazer das culpas que carregamos pelos fracassos que acumulamos e ao mesmo tempo rejeitar a condenação da paixão amorosa como delírio institucionalizado.
O amor, tal como apresentado nos instigantes ensaios de Sem fraude nem favor, não é um embuste ou algo que profanamos com nossa "impiedade narcísica": Trata-se de uma crença emocional que pode ser mantida, alterada, melhorada, piorada ou abolida.
Em Sem fraude nem favor, Jurandir Freire Costa analisa algumas das mais pertinazes "intuições" sobre o amor. Assim, observamos como se desenvolveu a convicção de que o amor é um sentimento universal e natural, presente em todas as épocas e culturas. A noção do amor como sentimento irracional e incontrolável é discutida de maneira contundente. O autor chega também à questão mais delicada: a relação entre amor e felicidade. Cercado de violência, competição, frivolidade, superfluidade, egoísmo desenfreado e indiferença, o amor ergueu-se como uma fronteira entre o sujeito moral e a barbárie do mercado.
Os inovadores ensaios reunidos neste livro representam uma perspicaz e sensível incursão ao imaginário do amor romântico e nos oferecem elementos de reflexão sobre formas de viver a experiência amorosa sem prejuízos morais pessoais ou coletivos.
Ensaios