101 Dias com Ações Mais Sustentáveis Para Mudar o Mundo

O tema da sustentabilidade está por toda parte: na televisão, nos jornais, nos anúncios, nos desenhos animados, nos filmes, nas redes sociais, na internet, nas camisetas, nas marcas das empresas, entre tantos outros lugares. Nos jornais, as catástrofes ambientais, como furacões, terremotos nos Estados Unidos ou o tsunami no Japão, aparecem nas primeiras páginas. Nos noticiários de televisão, transmite-se a morosidade de encontros como a COP 21 ou a Rio+20, em que líderes mundiais debatem sobre uma menor emissão de carbono para a atmosfera.
Temos que entender a sustentabilidade como não só as questões ambientais, mas também as questões sociais, éticas, políticas, culturais, espirituais, enfim, tudo aquilo que possa intervir em nosso presente e em nosso futuro. Temos que entender que criamos este movimento de destruição planetária e exclusão socioeconômica para o benefício de poucos.
Estamos falando de muitas pessoas que não têm o que vestir, o que comer, onde trabalhar, acesso a saúde, enfim, muitos problemas sociais. Mas, assim como criamos este modelo econômico, precisamos começar a pensar, agir e mudar.
Grande parte do nosso sentimento de impotência frente às dinâmicas econômicas vem do fato de que simplesmente não temos instrumentos para saber qual a contribuição das diversas atividades para o nosso bem-estar. O clamor quase histérico da mídia por um pequeno percentual de crescimento do PIB age sobre a angústia generalizada do desemprego e tira o nosso foco do objetivo principal, que é a qualidade de vida da sociedade, deixando as pessoas confusas e mal informadas. Pessoas mal informadas, naturalmente, não participam.
A busca frenética pelo crescimento do PIB nos governos e pelo aumento do lucro nas empresas faz com que nos esqueçamos da real busca de atividades e produtos para o bem-estar do ser humano no planeta. E, para conseguir esse bem-estar, temos que entender se estamos consumindo os recursos não renováveis do planeta de uma forma não planejada.
Chegamos a um ponto crucial, em que o futuro da nave espacial Terra, dos tripulantes aos passageiros, não é assegurado. Existem condições técnicas para se devastar a biosfera, impossibilitando a aventura humana. A verdadeira questão da qual devemos nos ocupar é, então: em que medida se garante a sobrevivência da Terra com seus ecossistemas e se preservam as condições de vida e de desenvolvimento da espécie Homo sapiens?

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