A Alma Brasileira

A Alma Brasileira Walter Boechat (Org.)


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A Alma Brasileira (Reflexões Junguianas)


Luzes e Sombras




Este livro aborda a questão importante da intersecção da alma brasileira coletiva e a alma dos indivíduos, como elas se afetam, como a memória ancestral de todo um povo afeta o comportamento de cada pessoa.

Cada vez se torna mais claro que a compreensão da alma brasileira é fundamental para o melhor entendimento de cada um de nós em nossa particularidade.

Nesses tempos de emergência do novo paradigma, quando as disciplinas não podem ser mais compartimentalizadas, o psicólogo estende suas mãos ao sociólogo e ao antropólogo para entender a complexidade da alma brasileira.

O propósito central das reflexões deste livro é promover um processo de recuperação das memórias de nossas origens multiculturais em um processo de resgate de raízes brasileiras, de sua alma e de seus contrastes. O ternário abordado nesta publicação busca recuperar, através de um percurso pelas características multiculturais de nossas origens como povo, o contato com nossa própria identidade. Pois a falta de identidade cultural nos leva ao perigoso fenômeno da "imitação" de modelos, quer venham da América do Norte ou da Europa, com esquecimento de nossa originalidade, que é única. Se a Europa passou por um longo período de Idade Média entrando em seguida no processo enandiodrômico extrovertido do Renascimento, durante o qual se deram as descobertas ultramarinas, o Brasil, nessa fase, abrigava as mais variadas etnias indígenas com uma realidade social inteiramente diferente. A partir do século XVII, com a imigração africana e, mais tarde, com a forte entrada do branco europeu, a partir do século XIX, deu-se continuidade ao processo de formação da identidade brasileira, movimento que tem continuidade até os dias de hoje. Um caminho inteiramente diferente do europeu, uma identidade diferente, com possíveis soluções que devem ser pensadas de forma original. Muitas vezes esquecemos que o Brasil apresenta uma "nova complexidade" à qual o analista junguiano Luigi Zoja se referiu. O distanciamento de nossa identidade original está sem dúvida associado ao característico "complexo de inferioridade" do brasileiro, referido por diversos autores. Os valores nacionais são sempre inferiores ao do estrangeiro; estes últimos mais inseridos em um padrão moderno de ordem, organização e planejamento. O brasileiro, ao contrário, é desorganizado, improvisa, não tem método. Mas será que nosso herói típico, Macunaíma, é apenas sem caráter, ou terá ele, com toda sua improvisação, um aspecto criativo, trazendo uma nova vitalidade? Depressivos, tornamo-nos hipercríticos de nossa realidade e deixamos de perceber nossa capacidade criativa, deixando de nos renovar em nossa improvisação.

Os capítulos estão organizados em torno de três eixos: A multiplicidade da alma brasileira, A alma brasileira africana e A alma brasileira ameríndia.

Ensaios / Não-ficção / Psicologia

Edições (1)

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A Alma Brasileira

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A Psicologia de C. G. Jung

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Giovani MIGUEZ
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Jim
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