Texto e espetáculo de Naum Alves de Souza, pertence a uma trilogia dedicada ao tema memorialista, que retrata um grupo de alunos em uma escola.
O texto nasce das recordações infantis do autor sobre os verdes anos da infância. Um senhor visita uma velha escola e, como num longo flashback, recorda fatos e eventos ali vividos em seu período escolar.
São oito personagens/alunos que se alternam com alguns professores, permitindo a composição de um painel rico, envolvente e nostálgico sobre a época da formação, resgatando experiências comuns a todos, razão de sua alta comunicabilidade com as platéias.
Sobre Aurora, assim a qualifica o crítico de IstoÉ: "São velhos costumes, convenções, cacoetes, modos de pensar e agir que vêm de nossos avós e que o descuido oficial não permitiu mudar. Os personagens, arquétipos, revelam tipos comuns nas salas de aula de todos os tempos e os condicionamentos que justificam sua conduta. A ação, disposta em cenas que lembram quadros, vai despertando no espectador a lembrança de fatos muito vistos e vividos e acumulando impressões, conclusões, associações de idéias que remetem à ternura das coisas familiares. Um teatro aparentemente impressionista, mas que na verdade representa uma colocação crítica do muito velho frente ao novo, ou seja, perante uma platéia que vive outros padrões, mas não deixa de se comover diante da vivência um dia experimentada"