Traduzido em mais de dois mil idiomas, a Bíblia é o livro mais conhecido do mundo. Calcula-se que já tenham sido vendidos mais de seis bilhões de exemplares e ninguém duvida que o conteúdo de suas páginas mudou e continua influenciando nossa história. Mas, diferente do que muitos pensam, a principal função da Bíblia, ao longo de sua demorada gestação, não foi apoiar doutrinas e crenças particulares. Isto (e muito mais) é o que nos mostra a brilhante estudiosa do pensamento religioso Karen Armstrong. A produção de uma escritura sagrada consistiu antes em atividade contínua, um processo que buscava introduzir milhares de pessoas à transcendência. Embora os autores bíblicos se contradigam, suas visões múltiplas convivem num mesmo livro. Para Karen Armstrong, este é um indício claro de que toda interpretação da Bíblia significa necessariamente abertura de espírito. Assim, ela fornece uma narrativa necessária para combater o pessimismo de nosso mundo tão cheio de conflitos.
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