As pessoas agem irracionalmente ao lidar com dinheiro. Eis a tese das finanças comportamentais, hoje concentrada em como as pessoas usam seus cartões de crédito ou negociam imóveis e outros objetos. Pouco se sabe sobre o efeito das emoções em quem aposta o próprio dinheiro num mercado tão incerto quanto o acionário.
Medo de perder, cobiça, autoconfiança excessiva e muitas outras forças psicológicas se unem para fomentar vícios que afetam desde traders profissionais a investidores independentes, seja operando via homebroker ou através de terceiros. Gente qualificada que, no entanto, compra na alta e vende na baixa, age por impulso, ou adere a manadas já próximas do precipício – e sem saber por quê.
Conhecer de finanças comportamentais pode pôr um freio nisso? "A Bolsa e seu Bolso" responde essa pergunta analisando os vícios que caracterizam o investidor em ações, e os vieses cognitivos que os provocam. Ou seja, formas inconscientes de autoengano destinadas a proteger o ego, a evitar mudanças, ou a mitigar o medo de perder.
O relato é ameno e ilustrado por gráficos típicos do mercado de ações. Aliando rigor científico ao conhecimento profundo desse mercado, o investidor aprende a identificar vícios e vieses e, em seguida, a avaliar as estratégias e técnicas que as finanças comportamentais hoje propõem para neutralizá-los.
Economia, Finanças