Editada em 1867, esta obra cedo se tornou objecto da atenção crítica de Camilo. Embora tendo alcançado ao tempo um menor êxito comercial que outros títulos romanescos — realidade que Camilo adopta para um exercício irónico sobre os merecimentos das novelas — a verdade que «A Bruxa de Monte Córdova» deve ser "encarada como texto paradigmático do universo ficcional de Camilo e da mundividência que o enforma", permitindo "trilhar caminhos susceptíveis de conduzir ao âmago desse universo" e perceber que "em Camilo as histórias de amor nunca são apenas histórias de amor. São também preciosos testemunhos da organização sócio-económica de um tempo e de um lugar em que matrimónio e património eram faces de uma mesma e única moeda".