Elizabeth recorda a Casa das Escadas, assim chamada por ter cento e seis degraus: "A Casa das Escadas é [...] grande, velha, suja e fria, as escadas uma maldição e um impedimento, a disposição das dependências [...] parecia ter sido concebida para ser o mais inconveniente possível." Esta casa é o castelo de sua prima Cosette, onde, no final dos anos 60, ela se rodeia de uma numerosa corte de jovens ofuscados pelo amor e pela droga. Nessa corte, destaca-se Bell, "a mulher fragonardiana que transportava roupa lavada num tabuleiro e a pendurava para secar ao cair da noite", a dama retratada como Lucrezia Panciatichi por Bronzino, a mulher única na sua incapacidade para se lisonjear a si própria. Entre Elizabeth e Bell desenvolve-se uma relação de amor. Mas Elizabeth é perseguida por uma maldição hereditária. E Bell esconde um passado misterioso que o decurso do tempo vem desvendar tragicamente.
Barbara Vine explora uma vez mais o lado obscuro da vida, já revelado de forma tão surpreendente em "Visão Adaptada ao Escuro" e em "Inversão Fatal".
Suspense e Mistério