A Casa do Incesto

A Casa do Incesto Anaïs Nin


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A Casa do Incesto





Na manhã em que se levantou para iniciar este livro, ela sentiu que algo lhe estava a sair da garganta, estrangulando-a. Rasgou o cordão que o retinha, arrancando-o e, quando voltou para a cama, disse: “Acabo de cuspir o coração”. Equivale este ato à escrita, como se esta fosse uma forma de ultrapassar o medo da loucura e da solidão.

O isolamento e a alienação são revelados no texto através de uma teia de sonhos e pesadelos, dos quais se destaca a casa do incesto. Nesta, tudo se decompõe, tudo “tinha sido feito para ser imóvel, uma vez que todos tinham medo do movimento e do calor e receio de que o amor e a vida desaparecessem e se perdessem”.

Para lá do amor de uma filha pelo seu pai, de uma mãe pelo seu filho ou de dois irmãos, como Jeanne, cujo amor “é como uma extensa sombra que se beija, sem qualquer esperança de realidade”, para lá da casa do incesto, “reinava a claridade do dia” que já nenhum deles poderia atravessar.

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Resenhas para A Casa do Incesto (17)

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Stella, Inverno de Artifício, A Voz & A casa do Incesto
on 27/2/14


Suas obras tem - em sua maioria - cunho erótico. E uma vantagem de escritores desse gênero, é que ao partir para uma literatura que traz as emoções mais ingênuas do ser humano, eles conseguem trazer também uma intensidade nos sentimentos, uma sinceridade. E é talvez o que ocorre aqui. As novelas desse livro permitem uma viagem interior - um contato com a essência, com a percepção do mundo e da poesia de cada um. Para Anais Nin cada ato é poesia.... leia mais

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26/09/2009 20:39:45

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