O trabalho de Jairo Goldberg descreve uma experiência de psiquiatria institucional bem sucedida. Mas não se resume a apresentar um modelo de organização de serviços assistenciais digno deste nome. Vai além e aponta para uma via de reflexão sobre a loucura ou a psicose, extremamente produtiva. O discurso e a prática do CAPS abrem espaço para que possamos pensar num modo de fazer psiquiatria, em ruptura com um certo número de convicções que não fazem mais sentido no presente. Nisto reside a maior riqueza do relato.
( Jurandir Freire)