A Confissão de Lúcio

A Confissão de Lúcio Mário de Sá-Carneiro


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A Confissão de Lúcio


Edição bilíngue | Portugês-Inglês




A CONFISSÃO DE LÚCIO, de Mário de Sá-Carneiro, chega ao público brasileiro em uma inédita edição bilíngue português-inglês, resgatando toda a trama e a genialidade de um dos maiores nomes do Modernismo português.

A CONFISSÃO DE LÚCIO, publicada pelo poeta Mário de Sá-Carneiro em 1914, um ano antes do aparecimento do primeiro número da revista Orpheu, é uma novela que parece apresentar, através da fragmentação, a existência de questões que ficam sem resposta. A repetição de silêncios intervalares, os espelhamentos intertextuais como forma de dar consistência a essa outra voz, o consciente de que tudo aquilo é material com que se constrói a obra de arte e cuja linguagem é plástica e maleável, criadora dum sentido provisório e impossível de fixar-se. É considerada por José Régio como a obra-prima de entre as novelas de Mário de Sá-Carneiro, onde estão presentes três de suas obsessões dominantes: o suicídio, o amor pervertido e o anormal avançando até a loucura.

Nesta obra, ao incitar os seus personagens na busca duma transcendência distorcida, Sá-Carneiro cria uma atmosfera de exacerbado lirismo. Capaz de acrescentar um prazeroso sabor ao narrar o inarrável, mesmo no leitor que possui poucas fibras de sensibilidade ele é capaz de produzir um turbilhão interior próximo ao palpitar acelerado do coração quando em êxtase.

A CONFISSÃO DE LÚCIO é uma das obras mais importantes de Mário de Sá-Carneiro porque contém três das suas obsessões dominantes: o suicídio, o amor pervertido e o anormal a avançar até à loucura, através da história dum triângulo entre Lúcio, Marta, e Ricardo – onde os estudiosos veem em Ricardo o outro de Lúcio, e Marta a ponte de ligação entre eles.

Apresentado sob a forma de uma confissão autobiográfica, um romance policial, a novela inicia-se com uma breve introdução, em que o narrador, Lúcio, ao assumir-se como autor, justifica o seu objetivo: confessar-se inocente após ter cumprido os dez anos de prisão a que fora condenado pelo assassínio dum amigo, Ricardo de Loureiro. O narrador promete dizer toda a verdade, mesmo quando ela é inverossímil, sobre essa morte ocorrida em circunstâncias misteriosas e sem testemunhas, mas considerada judicialmente como um crime passional. Por ser um texto de vanguarda, já que Mário de Sá-Carneiro empenhou-se na busca de novos significantes numa ruptura com o modelo centrado no código princípio-meio-fim, esta obra de ficção continua aberta a novos estudos e interpretações.

Crime / Literatura Estrangeira / Romance

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on 25/4/20


Que livro lindo, estranho, maravilhoso, nada com nada, profundo, raso... Só Mário para ter uma mente brilhante e produzir algo deste tipo.... leia mais

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Desejam76
Trocam10
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Helena
cadastrou em:
30/07/2019 09:59:47
Helena
editou em:
30/07/2019 10:01:30

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