Este é um livro oportuno e emocionante. Usando textos religiosos e alquímicos, da mitologia, dos sonhos e dos conceitos da psicologia profunda, o autor propõe uma colaboração criativa entre a busca científica do conhecimento e a procura religiosa de um significado.
O primeiro capítulo traça o perfil de um "novo mito", que surge da vida e do trabalho do psiquiatra suíço C. G. Jung — não uma nova religião para competir com as já existentes, mas um ponto de vista a partir do qual se compreenda e se verifique o significado essencial da religião.
O segundo capitulo põe em discussão o propósito da vida humana e o que quer dizer ser consciente: "conhecer junto com outro". Em termos religiosos, esse "outro" é Deus; psicologicamente, ele é o Self, arquétipo da plenitude e centro regulador da psique.
O terceiro capitulo examina as implicações da obra-prima de Jung — Resposta a Jó — na qual ele demonstra que Deus precisa do homem para se tornar consciente do Seu lado oculto.
O capitulo final explora a crença junguiana de que "a qualidade moral de Deus depende dos indivíduos", o que se traduz psicologicamente na necessidade de o homem se tomar mais consciente de sua própria obscuridade, do seu lado destrutivo, assim como do seu potencial criativo.
A Criação da consciência é um livro de grande atualidade. Escrito à sombra das forças negativas que ora envolvem o globo, sua preocupação básica com a qualidade e com o significado da vida humana reflete seu interesse pela continuação da vida na Terra.
Psicologia