A Deusa Branca

A Deusa Branca Robert Graves


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A Deusa Branca


Uma Gramática Histórica do Mito Poético




A Deusa Branca é um livro extraordinário. Em seu prefácio, Robert Graves escreveu: "Minha tese consiste em afirmar que a linguagem do mito poético difundido na Antiguidade, pelo Mediterrâneo e pelo Norte da Europa, era uma linguagem mágica vinculada a cerimônias religiosas populares em honra á deusa-lua ou Musa, algumas das quais datavam da "Idade da Pedra", a qual permanece como a linguagem da verdadeira poesia". Ao defender suas idéias, Robert Graves empreendeu esta obra singular que constitui uma verdadeira gramática histórica do mito poético. |...| Em "The White Goddess", Robert Graves rememora exemplos da poesia do País de Gales e da Irlanda e os conecta à poesia dos Gregos e dos Hebreus; e à sua ligação com o corpo dos mitos ctônicos e telúricos; das árvores, cursos d'água, rios, fontes e dos mares. Que eram então os poetas? Eram cantores andarilhos chamados de "fili" (videntes). Nas guerras entre duas comunidades, o poeta de uma e o poeta de outra, isentos da luta, se reuniam na floresta, onde analisavam o que devia ser feito quando a paz voltasse. A posição de um bardo irlandês era, no século VII, assim definida: "Um bardo é alguém que não tem instrução legal, além daquela de sua própria inteligência". E que era o poema? Era um conjunto ritmado de palavras que fazia "eriçar" os cabelos de quem o ouvia. Poemas e mais poemas, citados por Graves, revelam dinastias de poetas que pegaram nas letras e nas palavras, que se adestraram no "eriçar" os cabelos de seus ouvintes, às vezes com o uso de instrumentos musicais, como um poeta do País de Gales cantando: "Sou um bardo de harpa". Sob a inspiração da Musa Lunar, mergulhamos nas palavras, fazemos poesia. Mas Graves alerta: a Deusa é tríplice. Segundo três versos antigos, elas são: "Diana nas folhas verdes,/ Lua que tão brilhante resplandece,/ Perséfone no inferno." Assim. Lua, a deusa do Céu; Diana, a deusa da Terra, Perséfone, a deusa do [Sub]Mundo Mediterrâneo." [Recorte do artigo "Poesia, mito, palavra" de Antonio Olinto, Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 17/08/2004].

História / Religião e Espiritualidade

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Uma referência de J. L. Borges.
on 28/7/21


Fui atrás desse livro porque o poeta argentino J. L. Borges o citou como uma de suas referências e como eu já tinha gostado de outras referências dele (uns poemas do místico Swedenborg e um livro, 'Gangues de NY', que deu origem ao filme de Martin Scorsese de 2003) resolvi ler este também. Confesso: ao contrário das outras referências, este é o livro da área de humanas (crítica literária) mais confuso e cansativo que já li na vida. Na verdade, abandonei-o depois de quase 300 págs. Talv... leia mais

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orffeus
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17/02/2009 21:50:07

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