“Só a ditadura pode nos salvar”. Com essa frase, as correntes nacionalistas conservadoras de Portugal justificavam o golpe militar de 28 de maio de 1926, que, ao favorecer a ascensão ao poder do catolicismo social de Antonio de Oliveira Salazar, um ex-professor de economia da Universidade de Coimbra, iria estabelecer um dos mais duradouros governos autoritários da história contemporânea. Pouco difundida entre nós, a trajetória de quase meio século do Estado Novo português é aqui analisada com todas as singularidades de suas instituições políticas e econômicas, uma amarga experiência que só teria fim com a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1975.