A Fábula Cinematográfica

A Fábula Cinematográfica Jacques Rancière


Compartilhe


A Fábula Cinematográfica (Campo Imagético)





Uma menina e seu assassino diante de uma vitrine, uma silhueta negra descendo uma escadaria, a saia rasgada de uma camponesa, uma mulher que se arrisca diante do perigo; essas imagens - que têm a assinatura de Lang ou Murnau, Eisenstein ou Rossellini - são ícones do cinema e camuflam seus paradoxos. Uma arte é sempre também uma ideia e um sonho de arte. A filosofia já havia concebido a identidade da vontade artística e do olhar impassível das coisas, e o romance e o teatro o haviam tentado à sua maneira. Contudo, o cinema só corresponde a essa expectativa ao preço de contradizê-la. Nos anos 1920, ele era visto como a nova linguagem das ideias tornadas sensíveis, a qual revogava a velha arte das histórias e dos personagens. Mas o cinema iria também restaurar as intrigas, os tipos e os gêneros que a literatura e a pintura tinham estilhaçado. Jacques Rancière analisa as formas desse conflito entre duas poéticas que é a alma do cinema. Entre o sonho de Jean Epstein e a enciclopédia desencantada de Jean-Luc Godard, entre o adeus ao teatro e o encontro com a televisão, seguindo James Stewart no Oeste ou Gilles Deleuze no país dos conceitos, ele mostra como a fábula cinematográfica é sempre uma fábula contrariada. Assim também ela atenua as fronteiras do documento e da ficção. Sonho do século XIX, ela nos conta a história do século XX.

Filosofia / Cinema / Ensaios

Edições (1)

ver mais
A Fábula Cinematográfica

Similares

(14) ver mais
Ensaio sobre a análise fílmica
A Significação no Cinema
A Estética do Filme
O destino das imagens

Estatísticas

Desejam11
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 4.3 / 4
5
ranking 25
25%
4
ranking 75
75%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 0
0%

52%

48%

Rafael Ottati
cadastrou em:
31/05/2015 16:25:54

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR