Natan é um homem que demonstra entender a importância da história de seu próprio local, escolhendo sua cidade São Luís como peça a ser desvendada, desfatiada, descamada pelo recordar de reminiscências. Há, de sempre se ter em mente que o material de poesia é, como base, um despertar de sentimentos e neste sentido, Natan percebe que o palco das lembranças é local própio e psíquico, capaz de despertar sentimentos e emoções.
Como estilo, o poeta destila técnica por meio de rimas, metrificações, sem que para isto perca a potencialidade de transmitir expressões e sinestesias, além de que, sua poesia tem um forte caráter narrativo que se mostra em temáticas especificamente desenvolvidas ao longo de todo o livro, estas temáticas abordam desde memórias, da teoria de que a cidade é feita de camadas de muitas outras cidades, passando para poesias dedicas ao homem habitante da cidade. O círculo da darrativa se fecha, quando Natan demonstra que o homem é um ser psicológicos com interesses e expressões, que variam desde os tons mais eróticos aos mais angustiados.
Em uma sociedade global, de transnacionais, miscegenação de culturas, vê-se que os conflitos locais, amplamente ignoradas pela lógica orientadas por um mercado avassalador, faz-se, cada vez mais importante, dar voz a história, aos problemas e as emoções das regiões grandes, pequenas, até chegar como na própria narrativa de Natan, alcançando a completude do homem.
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