Ao eleger o universo narrativo de Tristão e Isolda, sem autor, sem data, sem local precisos para averiguar o surgimento do erotismo, Marisa Mikahil Boccalato também elege o imaginário coletivo e anônimo de uma época limítrofe da cultura ocidental, em que diversos elementos que percorriam o curso da modernidade têm nascimento. O imaginário em questão é o da invenção desse erotismo, envolto no véu do sentimento, dentro do que ficou conhecido como o "amor cortês".