O autor Fernando Sousa Andrade consegue traçar uma linha perpendicular entre o fora e o interior de cada personagem, fazendo com que os cenários percam a imobilidade e ganhem um aspecto de humanidade. Nos contos, há sempre uma sensação que a janela não somente mostra e retrata. A janela é a continuidade das angústias do mundo contemporâneo. [...] O livro é inteiro e a paisagem está dentro de cada um. Por isso muda a todo instante. O corpo é refletido no vidro da janela, e por autodefesa, ora se teme a vida lá fora ora se deseja sair. Nesse ir e vir a literatura permanece bela e gratificada por esse instigante livro. [ADRIANA VIEIRA LOMAR]
Contos