A língua exilada

A língua exilada Imre Kertész


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A língua exilada





Nesta coletânea de ensaios - traduzida diretamente do húngaro por Paulo Schiller - o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, Imre Kertész, discute o impacto da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, do qual ele foi um sobrevivente, em toda a cultura do século XX.

"Uma escrita que sustenta a vivência frágil do indivíduo contra a arbitrariedade bárbara da história." Foi com essas palavras que a Academia Sueca apresentou a obra de Imre Kertész, ao anunciá-lo vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2002.

Entre as narrativas marcantes da segunda metade do século XX figuram os relatos e as reflexões dos sobreviventes dos campos de extermínio nazistas. Como Primo Levi e Paul Célan, Imre Kertész transforma a experiência da deportação em reflexão sobre os valores éticos e morais da nossa sociedade - assim, o testemunho da degradação humana pode enriquecer o conhecimento e criar as bases de uma nova cultura.

A língua exilada é uma coleção de ensaios permeados pela ideia de que o Holocausto não é um acontecimento restrito aos nazistas e aos judeus: é uma experiência de cunho universal. Se o filósofo alemão Adorno dizia ser impossível escrever versos após Auschwitz, Kertész afirma que o campo de concentração é um marco zero e que, portanto, nada mais poderia ser escrito sem fazer menção a ele.

Segundo o autor, em todas as produções artísticas pós-Segunda Guerra Mundial estão evidentes as marcas da aniquilação dos valores que sustentavam a civilização antes do Holocausto. Passada a euforia inicial da queda do Muro de Berlim, em 1989, renasceram os velhos nacionalismos e, com eles, a sombra do anti-semitismo.

O acerto de contas de Kertész jamais poupa o totalitarismo stalinista. Em um estilo marcado pelo humor amargo da Europa Central, Kertész relembra também os intelectuais que escolheram o exílio à vida sob a opressão soviética.

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on 22/11/11


A língua exilada' é uma coleção de ensaios permeados pela idéia de que o Holocausto não é um acontecimento restrito aos nazistas e aos judeus - é uma experiência do homem ocidental, um acontecimento de cunho universal, término de um percurso determinado pela história cultural da Europa. Se o filósofo alemão Adorno dizia ser impossível escrever versos após Auschwitz, Kertész afirma que o campo de concentração é um marco zero e que, portanto, nada mais poderia ser escrito sem fazer mençã... leia mais

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