Pode a arte ser considerada uma linguagem? Esta interrogação atravessa a história das ideias estéticas e da crítica de arte durante todo o século XX e constitui o tema de um dos mais importantes debates modernos sobre o assunto. As posições a este respeito podem ser resumidas em duas grandes linhas - a que sustenta (como o pensamento idealista) que a arte é um fenómeno único e irrepetível do qual não se consegue captar racionalmente a essência; e os que, ao contrário, pretendem que a arte tenha o mesmo estatuto da linguagem, ou seja, que é um objecto estruturado cujo mecanismo de funcionamento interno é possível apreender. Este livro passa em revista a história e define os diversos métodos de investigação dos factores da segunda posição, desde as correntes que antecipam os modelos linguísticos de investigação, até às semióticas de Charles Morris, Roman Jakobson, Renato Barilli e Umberto Eco entre outros.