A Marcha da Insurreição

“A primeira coisa que chama a atenção dos estudiosos da história, neste livro - A MARCHA DA INSURREIÇÃO - é que a Emancipação Política de Juazeiro não foi uma concessão graciosa do poder público, tramada em negociações quase sempre espúrias em gabinetes fechados, e sim uma conquista popular realizada pela Nação Romeira, desfraldando bandeiras de ideais através do jornal O Rebate e dos meetings e comícios políticos em praça pública. A história de Juazeiro é de fato a história da caminhada de um povo. Outro aspecto na construção do projeto político da Emancipação de Juazeiro é a coragem e a resistência de não permitir que elementos estranhos ao movimento venham comprometer o futuro do novo município. Para surpresa de todos e espanto de muitos, o Padre Cícero Romão Batista assumiu a direção e o mando político de Juazeiro. As surpresas não pararam aí. Logo após a sua posse como Prefeito de Juazeiro, no mesmo dia, o Padre Cícero realizou e presidiu o Pacto dos Coronéis, para evitar novas deposições dos chefes políticos da região com lutas fratricidas, já então arquitetadas para Juazeiro, o que garantiu a estabilidade e a paz no sul do Ceará. Naquele momento, o Padre Cícero era não apenas o Prefeito de Juazeiro, mas o Chefe Político de todo o Cariri. A obra de Paulo Machado - A Marcha da Insurreição- Joaseiro do Cariri – 1907/1911, fundamentada em farta documentação histórica, já nasce como um clássico da historiografia não só de Juazeiro, mas do Ceará, trazendo luzes para a compreensão da marcha gloriosa da Nação Romeira”
- Geová Sobreira