Existem autores que, acima de tudo, escrevem com o sabor de liberdade. Suas histórias, sua linguagem e seus personagens aparecem sobre a página de uma maneira inusitada, livre e aberta.
Roberto Drummond é um desses escritores. Nos contos de "A morte de D. J. em Paris", o leitor convive com a história de Isabel numa quinta-feira, uivando para a lua, de Fernando B, desaparecido misteriosamente, ou mesmo de um pacato professor que sonha (e acredita no sonho) de viver em Paris.
Nestas páginas, um luminoso da Coca-cola pode ser apenas o ponto de partida para imaginar a cena de um homem crucificado, com os cabelos longos e as feições de Alain Delon. Pela força da imaginação, mulheres azuis podem estar desfilando por Paris neste exato momento. Entregue a esta liberdade de escrever e criar, Drummond propõe também ao leitor a liberdade de ler. É só abrir os contos, enveredar pelas páginas e escolher seu próprio caminho.