A figura da mulher do pai surgiu com as separações de casais com filhos e seus novos casamentos. Nessas novas famílias, ela não é madrasta nem no sentido designativo - porque não substitui a mãe - nem no expressivo - porque não substitui com imperfeição (a idéia da bruxa madrasta). Não se sabe se a mulher do pai faz parte da família nem se é parente das crianças. Assim, ela fica numa posição marginal - está sem pertencer, o que gera constrangimentos em todos - mulher do pai, maridos, filhos e ex. É preciso, portanto, rever a concepção de família e de parentalidade para que os novos arranjos familiares possam compreender as mudanças, minimizando a sensação de desconforto. Esta obra discute essa posição marginal da mulher do pai, ajudando-a a enfrentar criativamente a situação, com mais recursos e informações.