A mulher é uma degenerada

A mulher é uma degenerada Maria Lacerda de Moura


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A mulher é uma degenerada


Edição fac-símile comentada




A Tenda de Livros lança a edição fac-símile comentada de A mulher é uma degenerada, da anarquista e pensadora brasileira Maria Lacerda de Moura (1887-1945), cuja última edição foi em 1932 e primeira em 1924, ainda é extremamente atual em vários aspectos, em especial no que tange à crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa; e à defesa da maternidade livre e do amor livre.

Uma das grandes novidades do pensamento de Maria Lacerda é a crítica à moral sexual de sua época e ao regime de verdades hegemônico com a imposição da identidade mulher, asséptica e higienizada,a afirmação é da professora titular da Unicamp Margareth Rago. “As bandeiras da luta da anarcofeminista Maria Lacerda de Moura só serão retomadas pelo movimento feminista na década de 1970, sem necessariamente alguma referência inicial a ela, já que, apenas nos anos de 1980, passamos a tomar contato com sua história e escritos, ainda hoje de difícil acesso”, explica Rago.

A mulher é uma degenerada possui 320 páginas, que incluem o livro original em fac-símile, textos inéditos de pessoas convidadas, estudo gráfico e intervenção artística. A organização e edição de Fernanda Grigolin, capa e projeto gráfico de Laura Daviña e comentários de pessoas que estudam e possuem uma relação com a obra de Maria Lacerda, como: a já citada Margareth Rago, professora titular da Unicamp, que possui publicações sobre Maria Lacerda e outras mulheres anarquistas tanto do Brasil quanto do exterior; a pesquisadora especializada na história das mulheres anarquistas na Primeira República e sua relação com o anarcossindicalismo Samanta Colhado Mendes; a anarcofeminista e pesquisadora do Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri, Juliana Santos Alves de Vasconcelos, a historiadora e pesquisadora independente de sexualidade e anarcofeminista Carolina O. Ressurreição e as anarcofeministas Eloisa Torrão e Marina Mayumi. Além dos comentários, no livro está contida uma carta a Maria Lacerda de Moura escrita pela mulher do canto esquerdo do quadro, a narradora de uma pesquisa em arte que Fernanda Grigolin realiza. O conselho editorial é composto por Antonio Carlos Oliveira e Maria de Moraes, e a pesquisa de fontes primárias foi feita no Arquivo Edgard Leuenroth (AEL- IFCH/Unicamp), na Biblioteca Terra Livre, no Centro de Cultura Social e no Núcleo de Estudos Libertários Carlo Aldegheri.

A publicação é dedicada a Miriam Moreira Leite (em memória), responsável pelo trabalho primeiríssimo de pesquisa sobre a anarquista, e também a todas as pesquisadoras e coletivos e intelectuais que já se debruçaram na obra de Maria Lacerda de Moura.

Vamos mais longe

A edição foi pensada como lugar de acesso a trabalhos de arte e/ou coletivos, além da já citada carta da mulher do canto esquerdo do quadro, há a ação / convocatória Vamos mais longe/¡Vamos más lejos!. Um convite aberto para anarcofeministas de todas as gerações e consiste em responder o cartaz homônimo que contém a seguinte frase de Maria Lacerda de Moura: É muito medíocre o anseio de ser igual ao homem… De reivindicar seus direitos, dentro desta organização social de escravos e máquinas a serviço da mediocracia e do industrialismo. Vamos mais longe!

História do Brasil / Política

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Transmitir, transformar e transgredir
on 15/5/20


Maria Lacerda de Moura (1887-1945) é a pioneira do anarcofeminismo no Brasil. Anticapitalista, antifascista (considerada uma das primeiras antifascistas das Américas), vegetariana, nos traz em "A mulher é uma degenarada" uma acidez e potência dignas de leitura. Essa edição da obra comentada enriquece e atualiza as palavras ditas nos anos 20 pela a autora. Principalmente no que concerne a atualização do feminismo de Maria Lacerda, onde algumas das comentaristas reparam que dentro dessa... leia mais

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