A mulher que eles chamavam fatal é a revelação de um enigma, de como as mulheres simples se transformaram no final do século XIX na origem dos mais terríveis assombros, muitas vezes sob a aparência de delícias paradisíacas. Neste A mulher que eles chamavam fatal, a autora Mireille Dottin-Orsini percorre um caminho revelador através de imagens de mulheres fatais da literatura e da arte do fim do século XIX, especialmente entre 1880-1914. Elas eram perigosas, maléficas, assassinas, o portal do suicídio, como a bela Otero, que arruinava e levava os amantes à morte, ou Sarah Bernhardt, que teve relações sexuais dentro de um caixão. Estas vampiras mal-assombradas pouco tinham a ver com as mulheres de carne e osso, obrigadas a suportar tão alheias imagens. A autora tenta se aproximar da origem de tantas Dalilas, Evas e Salomés, tanto do imaginário masculino quanto do feminino.
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