Dora Kramer (Jornal do Brasil, 10/11/2002): "Dúvida pertinente: até quando será considerado politicamente correto ignorar que o presidente eleito do Brasil comete crassos e constantes erros de português?".
"A norma oculta" aprofunda o estudo das relações entre língua e poder no Brasil e avança para a afirmação de que o preconceito linguístico na sociedade brasileira é, na verdade, um entranhado preconceito social. Bagno lança um olhar inquiridor sobre a história da constituição das línguas para desvendar nossa realidade sociolinguística. Seu recurso à história se funde com a pesquisa sociolinguística e a crítica corajosa do rótulo de "erro", aplicado sempre com inquisitorial rigor, mas segundo critérios bem relativos, por aqueles que se consideram a casta letrada, incumbida de defender a pureza estática da língua. Exemplo disso são as reações de expoentes da imprensa nacional ao modo de se expressar do primeiro operário nordestino eleito para a presidência da República.
Inclui bibliografia.
Didáticos / Técnico