O homem é o único animal que administra.
Como conseqüência, é o único animal que desenvolveu uma aptidão natural para complicar as coisas. Outras espécies, antes do Homem, tiveram suas oportunidades para governar o mundo. Mas foram extintas, talvez por falta de habilidade e talento para desenvolver planos de carreira, desenhar organogramas ou inventar o feedback.
Em seu período como senhor absoluto do planeta, o Homem vem fazendo um bom trabalho administrativo? É difícil dizer, porque não existe uma concorrência que permita comparações. Mas... e se houvesse? O que aconteceria se as empresas de hoje fossem dirigidas não por humanos, mas por animais irracionais?
Ao subverter a ordem da hierarquia zoológica e nomear um grupo de mamíferos vertebrados para comandar uma empresa, neste livro Léo nos ensina uma lição muito saborosa: muitas vezes nós, humanos, utilizamos nossa imensa quantidade de neurônios para tomar decisões dignas de nossos parentes com cérrebros bem menos privilegiados que os nossos.
Este é um livro divertido, educativo e assustador. A Natureza deu aos dirigentes de empresas, de mão beijada, a capacidade de pensar. Será que todos eles estão sabendo usar essa dádiva da maneira mais adequada? Ou será que, até agora, alguns deles só trocaram as árvores pelos escritórios?