A palavra imediata

A palavra imediata Maria Gabriela Llansol


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A palavra imediata (Livro de Horas IV)





Carta -
Turquistão Oriental
Carta de amor:
Um saco contendo:
folhas de chá - deixei de beber chá
palha - porque tenho sede de amor por ti
uma maçã vermelha - ruborizo quando penso em ti
um fruto seco - estou extenuada como o fruto
um pedaço de carvão - o meu coração arde
uma flor - tu és belo
uma pedra - o teu coração será duro como uma pedra?
uma pena de falcão - se eu tivesse asas voaria para ti

Os avulsos de Llansol, na sua grande diversidade, são, como ela própria sugere, uma espécie de terreno inculto onde «todo o escrito está plantado», ou talvez, mais propriamente, um terreno de sementeira onde começa a germinar o pensamento ou se vê já desabrochar a escrita, de forma mais ou menos desordenada, em alguns casos pequenas narrativas autónomas ou mesmo toda a estrutura de um livro, como no exemplo das fichas de formato A5 e várias folhas A4 (provavelmente de 1972-73, em Lovaina), que contêm o que pode ter sido o nascimento de «O Livro das Comunidades». Nesses papéis vai caindo, desde os anos de Lovaina, nas décadas de sessenta e setenta do século passado, até à penúltima jornada desta vida, a palavra imediata de Llansol, a que ela um dia se referiu como «essa palavra que agora brilhava como um vidro sob a oscilação do luar».

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Carla Porto
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