"(...) Após a leitura deste estudo de Jorge Martínez Barrera, o leitor verá o quanto é equívoca a expressão 'pensamento aristotélico-tomista'. As semelhanças entre os princípios metafísicos sobre os quais são erguidas as teorias políticas de Aristóteles e Tomás de Aquino não encobrem as diferenças quanto ao aprofundamento, por Santo Tomás, da análise aristotélica da política; quanto à discutibilidade de algumas teses do Estagirita para o pensador medieval, como a da 'escravidão natural'; e em relação à inaceitabilidade de algumas opiniões de Aristóteles, no parecer do Doutor Angélico, como a de que a comunidade política é o âmbito supremo da realização e da felicidade humanas (...)"