Pensem numa lagoa, oculta do mar e dos barcos que passam por um paredão de rochas, alto e curvo. Depois imaginem areias brancas e arrecifes de coral, jamais danificados pela pesca com dinamite ou redes de arrastão. Cachoeiras de água doce se espalham pela ilha, cercadas pela selva... Não pelas florestas da Tailândia, mas pela selva. Copas de árvores sobrepostas em três camadas, plantas intocadas há mil anos, com micos e pássaros estranhamente coloridos nos galhos.
Nas areias brancas, pescando nos arrecifes de coral, um grupo escolhido de viajantes passa mês após mês. Eles partem quando querem, eles voltam, a praia não muda nunca. Mas esse paraíso reserva muitas surpresas. Tantas quanto a prosa absolutamente pop de Alex Garland.