Drogo II, rei de Asla, sabia que ser rei vinha atrelado a abdicações e escolhas, acostumado a isso, decidiu defender o que era mais importante para si. Como pai, protegeu a sua filha e, como rei, preservou a sua linhagem. Em um atentado ocorrido em seu reino, Drogo II, entregou-se à morte para salvar sua filha, entregando-a para ser cuidada longe de Asla.
“Há dois anos soube que Asla entraria em uma das piores guerras, desde os tempos de outrora. A destruição de Asla era muito provável, pois o exército de Lavea era forte e, provavelmente, ainda o é. Eu precisava proteger quem mais amo e que também é o futuro. (...) Estou sem confiar nas pessoas, e foi com muita relutância que eu aceitei a ideia de entregar a minha filha para uma estranha. (...) Não posso garantir o caráter futuro de Ariadne, mas digo que o meu desejo é vê-la retornar ao reino de Asla. Entreguei-a por amor e, com base nesse sentimento, expresso a minha vontade (...) que a minha filha volte a possuir a vida de monarca que é dela por direito.”
*
Devido a um atentado que aconteceu contra sua família, Ariadne foi obrigada a abandonar sua vida de monarca e crescer longe do reino para se manter viva. Foi acolhida, aos quatro anos, por um grupo de andarilhos abraçando a cultura destes e apagando as lembranças de suas origens.
Ao ter a necessidade de fazer outra viagem com o seu grupo, Ariadne se deparou com Asla, um reino que trouxe mais significados do que ela poderia imaginar. O convívio no território fez com que ela começasse, após treze anos convivendo com os andarilhos, a questionar toda a sua trajetória.
Ariadne, repentinamente, sentiu como se Asla fosse a sua casa.
*
“É um livro de romance;
Mas fala também sobre guerras;
Não é apenas sobre romance e guerras;
É, principalmente, sobre linhagem”
Fantasia / Ficção / Literatura Brasileira / Romance