Conhecer os amores ilícitos e a sexualidade pecaminosa foi o caminho que o historiador Jacques Rossiaud escolheu para apresentar a sociedade francesa do século XV. 'Prostibulum publicum', banhos públicos que funcionavam como bordéis, casas privadas, ou festas e feiras, onde circulavam meretrizes, ‘levianas’, ‘vagabundas’, proxenetas e alcoviteiras compõem um rico cenário iluminado nas pesquisas demográficas e na análise das mentalidades coletivas.
A violência sexual não está excluída dessa paisagem carnavalesca, onde bandos de jovens artesãos e operários violavam as moças pobres das aldeias, destinando-as à prostituição.
Com este estudo original, elaborado a partir de fontes inéditas, o autor, discípulo de Georges Duby, enriquece a vertente renovada de estudos medievalistas, que tem como pólo de inspiração a Escola dos Annales.
Margareth Rago
História / História Geral